Fernando Assunção e o novo ciclo no FC Porto
 
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Fernando Assunção e o novo ciclo no FC Porto

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altNão perca a entrevista a Fernando Assunção, o homem-forte do basquetebol do FC Porto. O director-geral do basquetebol azul e branco fala-nos, entre outros assuntos, da actualidade do basquetebol nacional , incluindo a renovação ao nível do comando técnico do FC Porto, nomeadamente com a saída de Alberto Babo e a aposta em Júlio Matos.


Há quanto tempo é Director Geral do basquetebol no FC Porto?

Para que a modalidade não acabasse no clube em Março de 1992 um grupo de antigos praticantes e colaboradores liderados pelo Dr. Fernando Gomes resolveram tomar conta da secção.

Nessa altura eu era o nº2.

Em 1995 o Dr. Fernando Gomes passou para outro cargo dentro da estrutura do clube assumindo eu desde essa data o lugar de Director Geral do Basquetebol do F.C. Porto.

Qual foi a melhor época desportiva do FCP, desde que está no clube?

Quando iniciamos a nossa administração da modalidade traçamos algumas metas. Uma delas foi criarmos um trabalho de formação muito forte do qual pretendíamos tirar o máximo de dividendos quanto à composição da Equipa Sénior e com esse intuito sermos campeões nacionais ao fim da 4ª ou 5ª época e ganharmos a hegemonia do basquetebol nacional.

Felizmente conseguimos ser campeões na 3ª época, ou seja, em 1995/96. Por isso considero essa a melhor época desportiva.

Naturalmente estando eu ligado à modalidade e ao clube desde 1963 (45 anos), tive ao longo deste tempo muitas épocas desportivas cobertas de êxitos.

Como vê a “morte” de LCB? O que pensa da nova prova organizada pela FPB?

A morte da L.C.B. é uma machadada muito grande na modalidade. Futuramente melhor poderemos fazer a leitura deste facto.

Quanto à nova prova organizada pela F.P.B., estou na expectativa e desejoso que seja um êxito. Não acredito neste modelo competitivo. Entendo que o ideal é uma prova com 14 equipas e sem jornadas cruzadas com as equipas da Proliga.

O que espera da nova época em termos de resultados desportivos? Quais são os objectivos da equipa liderada por Júlio Matos?

Como sempre o “LEMA” deste clube é tentar ganhar todas as provas em que entramos. Nem sempre isso é possível, mas essa é a nossa postura nas competições.

A saída de Alberto Babo significou o fecho de um ciclo no clube. A escolha do seu sucessor foi um homem da casa, Júlio Matos. Quais os motivos que levaram a esta escolha?

Naturalmente sempre que há troca de treinador é porque o seu ciclo terminou. Assim foi com o Alberto Babo, não quero no entanto deixar de referir a excelência do seu empenho e o nosso obrigado pelo seu contributo.

Como sempre gostamos de dar oportunidade aos nossos e o Júlio Matos é nosso há muito, muito tempo. No entanto gostaria de realçar que este predicado sendo relevante não é o mais importante. Essencialmente é a qualidade e a capacidade de trabalho e esses são predicados que não tenho dúvidas o Júlio Matos reúne em grande quantidade e por isso foi o escolhido.

O FC Porto não vai participar em provas europeias. Porquê?

É uma questão de política de gestão económica e que contrabalançada com a da gestão desportiva infelizmente temos que a considerar com mais peso.

O FC Porto é um dos clubes que mais investe na formação. Porquê?

Temos uma visão da modalidade que assenta fundamentalmente nos seguintes princípios: “FAZER, CRIAR e dentro do possível COLHER”. É com esta filosofia que temos conseguido mantermo-nos no topo da modalidade com uma gestão financeira muito criteriosa e em simultâneo orgulhamo-nos de sermos dos clubes que mais temos contribuído para a evolução e sucesso do basquetebol português.

O que é que acha do estado actual do basquetebol em Portugal?

Infelizmente tenho que reconhecer que não está famoso. Para isso muito tem contribuído uma política desportiva pouco feliz quer dos órgãos responsáveis pela modalidade, quer da grande maioria dos clubes. Gostava de aproveitar esta oportunidade e fazer um apelo a todos os agentes da modalidade “Vamos unir as mãos e remar todos no mesmo sentido”.

O que pode aconselhar aos jovens dirigentes em Portugal?

Que sejam honestos e coerentes consigo próprios. Que se dediquem de alma e coração à causa. E que acima de tudo trabalhem muito e sempre com espírito MISSIONÁRIO.

O que pensa do projecto Planeta Basket?

Não o conhecendo na profundidade, sei que é um projecto cujo objectivo prioritário é ajudar o basquetebol e só por isso tem o meu total apoio e solidariedade.

 

 


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