João Freitas - o treinador madeirense
 
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João Freitas - o treinador madeirense

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altAo fim de três jornadas, o CAB Madeira é um dos três líderes invictos desta primeira edição da LPB. Fomos falar com o treinador madeirense João Freitas, para tentar saber quais as ambições da sua equipa para esta prova. A não perder!

Três jogos, três vitorias. O CAB começa forte esta época. O seu comentário?

Costumo dizer e acreditar que uma boa equipa se constrói com boas pessoas. Se a isso se juntar o facto de serem bons jogadores e de trabalharem todos no máximo e com um objectivo comum então estão explicadas estas 3 vitórias. O recrutamento é fundamental. O carácter por vezes não se vê num video,  mas isso é fundamental num jogador e num jogo de equipa como é o basquetebol.

Treinou o CAB durante dois anos na LCB. Após três jornadas deste campeonato, que diferenças encontra, em termos de organização dos jogos?

Imensas. Mas mais do que impor regras de funcionamento aos clubes e penalizações sobre o não cumprimento das mesmas, era óptimo que se fossem ganhando determinados hábitos de organização que tanta falta fazem para que todos funcionemos melhor. Á volta de uma equipa tem que existir sempre todo o suporte que torne mais fácil o trabalho dos treinadores e jogadores. Ora o que eu acho é que existem equipas que não são mais que os jogadores e os treinadores e um ou outro dirigente. Assim é impossível o progresso que todos falamos. Eu como treinador tento que nas minhas equipas essa organização seja o mais profissional possível. Mas que voltamos muito atrás isso não tenho dúvidas. O facto de não se impor ou de se impor e não se cumprir parece que retira as responsabilidades.

Jorge Araújo afirmou em entrevista ao site Planeta Basket, que em Portugal, as equipas se nivelaram por baixo. Qual a sua opinião em relação ao nível actual do basquetebol no nosso país?

Pois claro que se nivelaram por baixo. E em todos os sentidos. A redução do número de estrangeiros, a redução dos orçamentos das equipas, a redução das condições de participação, a organização dos clubes igual à dez anos atrás,  etc, etc, etc,  aliado ao facto do não aparecimento de jovens portugueses com potencial fazem com que o nível seja inferior. Mais tempo aos jogadores portugueses, totalmente de acordo. Mas ninguém é melhor por regra ou por decreto. Quem opta hoje por seguir a carreira de jogador de basquetebol profissional? Ninguém.  Ora para que apareçam estes jovens é necessário a construção de condições. Ninguém vai ser competente treinando uma hora e meia por dia. Como se explica que ainda sejam o Pedro Nuno, o José Costa, o Nuno Marçal, o Sérgio Ramos fundamentais nas suas equipas. Com todo o respeito pelo seu trabalho e sem questionar a sua qualidade que é imensa deviam estar a ver agora os seus substitutos prontos a jogar e não é isso que se passa.

Quais são as principais dificuldades de um treinador que treina uma equipa numa ilha?

Nesta ilha temos mais facilidades que dificuldades. Tenho o privilégio de ser um dos poucos treinadores que só se dedica ao basquetebol. Se não fosse aqui seria muito difícil.  Claro que a questão das viagens e da distância sempre nos põe mais longe de tudo. Mas sinto isto mais em relação à minha formação. Investir na minha carreira sempre foi uma preocupação mas que tem os seus custos elevados.

As suas equipas defendem de forma muito agressiva. Já no ataque, o CAB joga simples usando preferencialmente o Pick and Roll. Qual é o seu modelo de jogo?

Penso que a pergunta responde já um pouco. Na defesa acredito na pressão constante da bola. O limitar as opções dos atacantes. Não dar nada. Defesa máxima do 1x1. Cada um fazendo o seu trabalho. No ataque a leitura do pick n´roll e as opções que isso nos dá. E tudo, tudo feito em velocidade. O 1x1, o ressalto e o contra ataque fazem parte do meu modelo de jogo. Digo sempre que, se és bom em duas destas 3 coisas quase sempre ganhas.

Muitas pessoas ligadas ao basquetebol pensam que este ano o campeonato está muito em aberto e que poderá ter um campeão nacional inesperado. Acha que o seu CAB pode ser essa surpresa?

Não acho que vão haver surpresas. Vai ter um campeão normal. Será a equipa que nos 5 jogos finais do play-off tiver a capacidade de ganhar 3. Pode ser qualquer equipa das 11 que participam nesta Liga. Claro que o estatuto de algumas equipas, a forma como estão montadas e a qualidade de alguns jogadores, terá influência no resultado final. Mais a sério, pela capacidade e possibilidade de construção de cada equipa o Porto, a Ovarense e o Benfica estão à partida um passo em frente.  Quanto ao CAB vai trabalhar sempre no máximo para ganhar.

Qual é o treinador que mais admira e porquê?

Gostei imenso de trabalhar com essa lenda do basquetebol universitário que é o Lute Olson. Uma pessoa muito experiente, ponderada e que sabia exactamente como construir as suas equipas. Tenho também a grande honra de ter trabalhado com o Pép Claros que mais que tudo me fez reviver os tempos de Arizona na organização, no profissionalismo e no saber do jogo e como levar os jogadores a atingirem o máximo. Dois grandes treinadores.

Qual é o melhor jogador com quem trabalhou?

O melhor jogador para mim é o que consiga reunir uma série de atributos que o façam completo. Dentro e fora de campo. Mais do que destacar um jogador vou destacar a equipa do CAB 2007-2008. José Costa, Mário Jorge, Francisco Fernandes, João Manuel,  Pedro Freitas, João Vieira, Pedro Pinho, Rafael Annunciato, Nick Neumann, Rome Sanders, Rob Summers, Ricardo Ferreira, Mounty Scott. Todos eles juntos faziam o que considero o jogador completo. Todos com um coração enorme.

No que acredita como treinador, João Freitas?

O que acredito como treinador é no cometimento incondicional das pessoas que fazem parte da minha equipa. Todos a fazerem tudo por algum e algum a fazer tudo por todos. Acredito que tudo o que fazes, bem ou mal, sempre pagas... ou...sempre recebes. Mais cedo ou mais tarde. Acredito que todos os jogadores sempre podem fazer um pouco mais. Que eu sempre posso fazer um pouco mais. Só assim é que conseguimos jogadores melhores e equipas melhores. Tudo o que puderes fazer hoje faz. Para se fazerem bons jogadores e boas equipas não se permitem adiamentos.

A seu ver, que equipas pensa que vão atingir o play-off?
Todas as que conseguirem um lugar nas oito primeiras. Vamos a ver quais as que têm essa capacidade e habilidade.

 

 


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