O Planeta Basket foi falar com Joana Fogaça, uma das mais carismáticas jogadoras nacionais dos últimos anos.
Leia aqui a entrevista de uma das bases da selecção nacional e do Sport Algés e Dafundo.
Mais uma época na Liga Feminina. Depois de tantos jogos, títulos e medalhas, o que é que esperas da próxima época?
Após termos perdido as duas finais do ano passado (taça e campeonato) o nosso objectivo só pode ser chegar de novo às finais e ter a oportunidade de ganhar um titulo. Apesar de já ter ganho alguns títulos nunca ganhei nenhum título na liga pelo Algés e é um grande objectivo pessoal fazê-lo. Apesar da qualidade da liga feminina ter baixado nos últimos anos acho que este ano o campeonato irá ser bastante competitivo com o olivais, o vagos e o CAB a apresentarem boas equipas e acho que vamos ter bons momentos de basquetebol na Liga feminina.
Acabaste a universidade nos EUA. Qual foi o curso que tiraste? O que pretendes fazer quando deixares a carreira de jogadora?
Tirei o curso de Educação Física e o de Psicologia lá. Dou aulas de Educação Física e quando deixar de jogar também gostava de ser treinadora.
Achas que os anos que lá passaste te fizeram evoluir como jogadora? E porquê?
Fizeram-me evoluir como jogadora principalmente a nível físico e mental. Treinávamos muito o que era difícil não só a nível físico como a nível psicológico. A minha passagem pelos EUA deu-me a oportunidade de ver uma maneira totalmente diferente de encarar o desporto.
Aconselharias uma jovem jogadora a tentar ir estudar e eventualmente jogar para os EUA?
Claro. Sem qualquer dúvida é uma experiência enriquecedora não só em termos desportivos mas também em termos pessoais. Aconselho quem tiver esse sonho a treinar arduamente e procurar concretizá-lo.
O Planeta Basket desafia-te a fazeres o cinco ideal feminino de todos os tempos, respeitando as posições?
Base – Ticha Penicheiro
Extremo – Susana Soares
Extremo – Mery Andrade
Poste - Val
Poste – Mariana Kostorkova
Qual é a jogadora na tua posição que mais gostas de ver jogar?
Essa é fácil, é a Ticha.
Quais são as qualidades que uma jogadora deve ter para poder jogar na posição 1?
Boa técnica individual especialmente de passe e drible, boa visão e leitura de jogo, inteligência, boa capacidade de liderança e de comunicação.
Quais são as jogadoras portuguesas que mais gostas de ter ao seu lado?
As jogadoras com quem mais gostei de jogar foram a Susana Soares, Ana Maria Pires, Cecília Shinn. E claro que também gosto de jogar com a minha irmã e recordar o 1x1 no quarto.
Como grande passadora que és, qual é a importância que “saber passar” tem dentro do campo? Porquê?
Sendo o Basquetebol um jogo colectivo é fundamental saber passar a bola. É através do passe que é feita a ligação entre os jogadores e uma equipa que saiba passar bem a bola cria muitas dificuldades à equipa adversária. Mesmo os melhores lançadores precisam de alguém que lhes passe bem a bola porque um mau passe inviabiliza um bom lançamento. Gostei muito da vossa frase da semana passada, de Toni Kukoc e concordo a 100% com ela: “Um cesto faz feliz um jogador, uma assistência faz felizes dois”.
Qual é o teu clube de coração e porquê?
É o Sport Algés e Dafundo. Porque foi lá que comecei o infantário com 3 anos e a jogar basquete com 7 anos. Durante a minha infância e adolescência era como se fosse a minha segunda casa. Apesar de ter jogado noutros clubes (Santarém e Santo André) o Algés é e será sempre o meu clube do coração. Foi com muita alegria que voltei a jogar no Algés.
Obrigada por tudo e continuação do excelente trabalho que estão a fazer na divulgação do basquetebol com o vosso site.