É preciso acreditar na mudança
 
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É preciso acreditar na mudança

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Onze clubes estão nos blocos prontos para o tiro de partida para o início da Liga Feminina. Pena que o CPN não tenha podido manter-se na prova, porque é um emblema que faz falta ao panorama basquetebolístico nacional, em particular ao feminino. Razões de índole economicista terão pesado na decisão dos seus dirigentes, mas esperamos que em breve, a simpática colectividade de Ermesinde volte a apresentar equipa senior, já que se mantem nos escalões de formação, onde é um dos clubes com melhor historial.

Este ano a prova apresenta um novo figurino, embora sem reflexos no modelo competitivo.  Por proposta da F.P.B., a equipa do CAR Jamor integra a Liga Feminina, mas a sua participação é extra-campeonato, dado que os seus jogos não contam para a classificação. Trata-se de um regresso à experiência pioneira dos Centros de Treino em Portugal, quando a equipa do Centro de Treino de Rio Maior, sob o comando de José Leite, disputou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina, em 1991/92, se não nos falha a memória. Ao tempo, as jogadoras representavam apenas o Centro de Treino e os jogos contavam para a classificação. De então para cá, os tempos mudaram e não acreditamos que os clubes aceitassem não utilizar as suas jogadoras. Todavia pensamos que este modelo serve os interesses dos responsáveis do CAR Jamor Feminino, na medida em que possibilita às suas atletas, enquanto núcleo duro da Selecção Nacional de Sub-18, uma maior competitividade, por via de depararem com maior e mais forte oposição por parte das suas adversárias, algumas estrangeiras.

Estrangeiras são dezasseis

E por falar em estrangeiras, diremos que a prova deste ano, a iniciar no próximo sábado (25 de Outubro), apresenta um leque de 16 atletas, já confirmadas, vindas na sua esmagadora maioria do continente americano (EUA e Brasil), com duas excepções europeias, por sinal já com algumas raízes no nosso país. Trata-se de Nataliya Yakovleva (Santarém Basket) que se mantém na capital ribatejana, e de Irina Apolyanova (Esgueira), que transitou do vizinho Vagos, por sinal ambas ucranianas. As restantes 14 são:

Amanda Jackson (Algés); Lakethia Hampton (Boa Viagem); Danielle Hood e Ebony Twiggs (CAB Madeira); Tina Thompson e Rachel Folcik (D. Póvoa); Lina Brown (ESSA); Aja Parham e Ambrosia Anderson (Olivais); Thorlan Buchanan e Dejeanette Flournoy (U. Madeira); Amanda Carver (Vagos), todas norte-americanas, completando-se o lote com as brasileiras Sandra Bravet (Boa Viagem) e Fernanda Beling (Vagos). Do contingente norte e sul-americano há três repetentes: Hampton (jogava no Algés), Parham (já estava em Coimbra) e Beling (manteve-se no Vagos).

Os candidatos, um a um

No que toca a favoritos/candidatos, a questão não se torna muito difícil de analisar, nem sequer de prognosticar, tal é a diferença de orçamentos, entre os diversos emblemas, com reflexos evidentes na constituição dos respectivos plantéis. Para nós alinham-se 4 candidatos, que são, sem preocupações de ordenamento: Boa Viagem, CAB Madeira, Olivais e Vagos.

Começando pela equipa de Angra do Heroísmo, os seus argumentos passam por um jogo interior bastante forte (a dupla Hampton e Bravet tem uma grande capacidade ressaltadora),  um leque de boas lançadoras do exterior tais como Joana Lopes, Anabela Martins (ex-CPN) e Solange Neves (vinda do U. Madeira) e uma imagem de marca que á a garra e determinação postas em cada lance, de que são exemplo Célia Simões e Dora Duarte.

O CAB Madeira já demonstrou na II Taça Vítor Hugo, conquistada com todo o mérito, que se reforçou face à época passada. Os regressos da capitã Fátima Silva (após a sua curta experiência europeia no Tarbes) e de Carla Freitas (depois de 6 épocas em Espanha) são fundamentais para o entrosamento e a mística de um grupo habituado a ganhar e que tem muita experiência europeia. É preciso não esquecer que as amigas jogam nas competições europeias há dezena e meia de anos, sensivelmente e isso dá-lhes uma tarimba diferente das suas opositoras. Há ainda Gilda Correia, que reapareceu após a cirurgia de que foi alvo no pretérito Verão e um conjunto de jovens, com assinatura nas selecções nacionais mais jovens, casos de Nádia Tavares, Maria João Correia, entre outras, com futuro promissor na modalidade. A dupla norte-americana (a extremo/poste Hood, com 1,86m e a poste Twiggs, com 1,92m) é poderosa na área pintada, nomeadamente a primeira, com melhor técnica individual e um lançamento curto eficaz.

O Olivais, como campeão nacional em título, tem necessariamente como objectivo a revalidação do mesmo. Nem outra coisa seria de esperar. Para isso reforçou-se e bem, ao contratar uma norte-americana de excelente recorte técnico (Anderson), que já jogou na Grécia, além de uma passagem fugaz por uma equipa da WNBA (Santo António). Pelo que já vimos fazer, não engana. Manteve a sua compatriota Parham (decisiva no título alcançado na Anadia) e foi buscar a jovem base (ainda é Sub-18) Michele Brandão à Escola Limiana e que esteve três anos nos Centros de Treino (dois no Calvão e um no Jamor). Além disso viu regressar a extremo Sónia Ferreira, agora Guilherme, por casamento, uma boa lançadora exterior, inactiva na temporada anterior por motivos profissionais e a extremo/poste Ana Sofia Santos (ex-CPN e Ovarense), tendo ainda ingressado no clube a veloz Catarina Rodrigues (ex-Santarém Basket). Manteve é claro duas jogadoras muito influentes na conquista do seu segundo campeonato nacional, as bases Ana Fonseca e Filipa Freitas,  determinantes na organização de jogo e ambas dotadas de bom tiro exterior.

Por último, o Vagos apareceu na ribalta do basquetebol feminino em Março passado, ao conquistar a Taça de Portugal, galardão que lhe permitiu discutir a posse da Supertaça há três semanas, em Nelas, com o campeão nacional Olivais, acabando este por arrecadar o troféu após um jogo muito disputado. Também se reforçou com a norte-americana Carver (extremo/poste de 1,88m), que alinhou pelo CSKA Sofia, em 2006/07, além de Sara Filipe (poste) e Carla Nascimento (base), ambas ex-Boa Viagem e Ana Teixeira (extremo/poste), que transitou do Olivais. Do plantel anterior manteve a extremo brasileira Fernanda Beling (1,87m), que já representou a selecção canarinha e também Ana Cristina Nunes ("Cuca"), Raquel Soares e Paula Seabra (capitã).

Aviso à navegação

Não queremos deixar de fazer uma referência especial ao Algés, porque possui um lote de jogadoras capaz de causar alguns amargos de boca aos quatro (para nós)  candidatos. Na época transacta foi finalista vencido das duas provas mais importantes: Campeonato nacional e Taça de Portugal. Manteve a espinha dorsal da equipa (Joana Fogaça, Susan Foreid, Catarina Coelho, Sofia Granadeiro, Natália André e Sónia Foreid), trocando de estrangeiras. E aqui é que bate o ponto. Se Amanda Jackson (1,75m), vinda da Universidade de Miami, já demonstrou os seus dotes de triplista e boa penetradora, a poste Donnisha Sanford (ex-Universidade Arizona State) não convenceu os responsáveis algesinos, pelo que regressou à origem. Desconhece-se quem virá para o seu lugar e quando.

Lutadoras pela permanência

Das restantes seis equipas, mesmo assim parece-nos que o Santarém Basket é o que possui menos argumentos. A veterania de Paula Costa, Letícia Oliveira e Camy Burity, a par da própria Yakovleva, já não consegue resolver muitos dos problemas quando se depara com uma equipa rápida e agressiva a defender.  O ESSA, com um conjunto muito jovem (a excepção é a base Susana Costa), onde pontificam algumas internacionais dos escalões de formação,  como Nádia Palongo, Ana Cunha, Sara Djassi, Inês Macedo, Luiana Livulo e Luzia Lampreia (ambas ainda Sub-18) poderá fazer um campeonato tranquilo, sem pressões e acreditamos que tem condições para se manter na Liga. Está à espera da norte-americana (jogou em Porto Rico) e com a inclusão de Larisse Lima (a recuperar de uma fractura de esforço), não antes de Janeiro, fica com outras soluções. Desportivo da Póvoa, União da Madeira e Esgueira, julgamos que discutirão entre si (e também com o promovido Basquete de Barcelos, que é uma incógnita, pois não apresentou qualquer estrangeira na Taça Vítor Hugo), os lugares da segunda metade da tabela. Além das duas estrangeiras (uma base/extremo e outra poste), as poveiras contam com Catarina Mendonça, Cátia Lírio e as jovens Sub-18 Sara Oliveira e Daniela Domingues, que estão no CAR Jamor, depois de terem passado pelo CNT Calvão. As unionistas, lideradas pela experiente Mafalda Sanheiro, reforçaram-se com as entradas de Ana Oliveira (vinda do Cáceres, da 2ª Liga espanhola) e Rosinha Rosário (ex-Escola da Amadora), a que se juntam duas norte-americanas, cujo valor desconhecemos. As esgueirenses foram buscar a ucraniana Apolyanova ao Vagos e mantiveram Maria Cristo (credenciada triplista),  Juliana Ferreira e Daniela Ramos. A inclusão de Catarina Martins (ex-Ovarense), a estudar em Aveiro e da jovem Inês Faustino (Sub-18), produto da formação do clube e que está também no CAR Jamor, vieram reforçar o tiro exterior e a organizaçao de jogo. A finalizar temos alguma curiosidade em ver a formação de Barcelos, porque supomos ter perdido o núcleo duro do plantel que garantiu a subida: Sofia Cardoso (base), Daniela Silva (extremo) e Fernanda Maio (extremo/poste). Reforçou-se com as entradas da base Filipa Tavares (ex-Esgueira), da extremo Raquel Jacinto (ex-Ovarense),  além de Mariana Silva (poste) e Ana Valentim, ambas vindas também de Ovar.

 

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