Na passada sexta-feira realizaram-se eleições no mítico clube do norte do país, Vasco da Gama, que recentemente perdeu o seu presidente Manuel Nunes. Os destinos do histórico clube vão agora ser dirigidos por José Pedro Cruz, antigo internacional português. O site Planeta Basket foi falar com José Pedro Cruz, na sua primeira entrevista como presidente da direcção do clube vascaíno.
 
Na passada sexta-feira foi eleito Presidente da direcção do Vasco de Gama. Pode-nos dizer os nomes das pessoas que irão fazer parte da sua equipa directiva e que o irão ajudar a liderar o clube nos próximos anos?
Conseguimos juntar um grupo muito motivado para dar sequência ao excelente trabalho que foi efectuado pelo Sr. Manuel Nunes, onde destaco a presença de duas senhoras – Maria José Ferreira e Maria Cândida Cruz, antigos praticantes da modalidade no clube como José França, Rogério Paulo e Rui Agostinho e ainda associados que de várias formas nos últimos anos deram o seu contributo ao clube e que agora formalizam a sua disponibilidade passando a fazer parte da equipa directiva – Paulo Sousa, Paulo Sequeira, Nuno Vidal, Luís Espírito Santo, Francisco Costa, Élio do Carmo Vaz e finalmente o elemento que faz a ponte entre direcções, Cândido Pereira.
 
Quais serão os primeiros passos da nova direcção? E que objectivos tem para o clube a longo prazo?
A nova direcção tem como primeiros passos o lançamento do livro “Memórias 1920-2008” da autoria de Manuel Nunes e a reorganização interna do clube. Os grandes objectivos a médio e longo prazo passam pela organização de um torneio de referencia no basquetebol para equipas de formação, concretizar o sonho de todos os Vascaínos, que é a transformação da oficina de basquetebol do Parque das Camélias num pavilhão com todas as condições para a prática do basquetebol e ainda o regresso á competição com uma equipa no escalão sénior.
 
Como está a saúde financeira do clube neste momento?
Financeiramente o clube está equilibrado depois de ter passado por graves dificuldades.
 
Até hoje o histórico clube Vasco de Gama teve apenas dois presidentes, sendo que cada um “reinou” durante cerca de 40 anos. Está preparado para cumprir esta tradição?
Tendo presente essa realidade histórica do clube, a formação do grupo que compõe a equipa directiva teve como propósito contrariar a dependência que este clube sempre teve da figura emblemática dos seus presidentes, e criar o hábito de trabalho de equipa para atingir os objectivos propostos, ou não seja essa a característica mais marcante do jogo de que tanto gostamos - O BASQUETEBOL.
 
Fale-nos um pouco de si. Qual é sua ligação ao Vasco e ao basquetebol em geral?
A minha ligação ao basquetebol teve inicio aos 8 anos de idade como praticante de mini-basket e só terminou aos 36 depois de durante todo este percurso ter conquistado 4 títulos nacionais (3 como atleta do FC Porto  e o último já como atleta do Vasco da Gama), ter tido o prazer de representar as cores da selecção nacional e acima de tudo ter encontrado, durante este percurso,  a família vascaína onde, no presente, os meus 3 filhos praticam a modalidade.
 
Por fim, o que espera para o futuro do Vasco de Gama?
Espero que o clube tenha capacidade para acompanhar os tempos futuros, mas sempre sem perder de vista a sua função de apoio aos jovens que encontram no basquetebol a forma de escapar a comportamentos desviantes, numa cidade que está “adormecida” nos apoios que deveriam ser dados aos clubes que ajudam a sociedade portuense a ter melhores cidadãos.