Diga-se desde já que a poderosa formação germânica (apenas uma jogadora abaixo de 1,76m) ganhou com justiça. Respondeu com confiança à melhor entrada na partida das nossas representantes (0-5), com Maria João Correia a abrir o marcador acertando um triplo no primeiro ataque luso. No minuto 2 ainda liderávamos (3-7) mas num ápice, a Alemanha, com uma elevada eficácia deu a volta ao texto. A poste Greinacher (1,92m) foi decisiva na reviravolta impondo-se na área pintada, ao conseguir 10 pontos no 1º quarto (25-11), para terminar com 18 pontos, 11 ressaltos sendo 6 ofensivos, 1 assistência, 1 roubo e 4 faltas provocadas com 100% da linha de lance livre (8/8), sendo a MVP do encontro.
A defesa zona das lusas não conseguiu anular o tiro exterior das germânicas (44%, com 8 triplos em 18 tentativas), com realce para a base Gaudernann (15 pontos, 3/4 nos triplos, 4 ressaltos e 5 assistências) e para a extremo Schaake (18 pontos, 4/7 nos triplos, 5 ressaltos, 2 assistências e 4 faltas provocadas, com 4/5 nos lances livres). A reacção da turma das quinas veio ao de cima no inicio do 2º período, com um parcial de 0-6, mas rapidamente a Alemanha respondeu, com Gaudernann e Schaake a assumirem-se como as principais concretizadoras e pese embora a determinação lusa o intervalo chegou com as alemãs na frente (43-29).
O 3º quarto (15-22) foi aquele em que Portugal jogou com mais inteligência e simultaneamente com grande agressividade defensiva, o que lhe permitiu reduzir o prejuízo até 4 pontos, com o 2º triplo de Maria João Correia (15 pontos, 2/7 nos triplos, 4 ressaltos e 2 faltas provocadas) a colocar o resultado em 45-41, no minuto 24. A selecção germânica não abanou e novamente através da triplista Schaake, com a mão quente (mais 2 triplos) repôs a diferença, atingindo-se o final do 3º período com 58-51. Um triplo de Michelle Brandão ainda colocou Portugal a 6 pontos (62-56, no minuto 32), mas o colectivo adversário não permitiu mais veleidades às portuguesas, ainda que se tenha mudado a defesa para HxH, sem grandes resultados práticos.
Destaque para a prestação da extremo/poste Maria João Andrade com mais um duplo-duplo (14 pontos, 13 ressaltos sendo 5 ofensivos, 1 assistência, 1 roubo e 1 falta provocada), a mais valiosa da nossa equipa. Foi bem acompanhada por Inês Faustino (7 pontos, 3/4 nos duplos, 4 ressaltos e 2 faltas provocadas), Maria João Correia e Felicité Mendes (6 pontos, 4 ressaltos sendo 2 ofensivos, 1 assistência, 1 roubo e 1 falta provocada), muito bem na defesa como é seu timbre.
Portugal perdeu a luta das tabelas (42/33 ressaltos) embora tenha ganho o mesmo número de ressaltos ofensivos que o adversário (13) e não aproveitou o facto de ter cometido menos erros (14-9 turnovers) porque a nossa eficácia nos lançamentos do perímetro (21%, com 4 triplos em 19 tentativas) esteve aquém da conseguida pela Alemanha, além de termos sido menos colectivos (19-7 assistências) e de termos provocado muito menos faltas (20-13).
Hoje jogamos com a Grécia às 13h30.
Nas meias-finais jogam: Hungria - Alemanha (18h) e Israel - Eslovénia (20h30)
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