
Moçambique alinhou desfalcado da sua principal referência, a poste Clarisse Machanguana, que ontem regressou a Maputo em virtude do falecimento de sua avó. Por este motivo foi guardado um minuto de silêncio antes do início do encontro.


No reatamento, as comandadas de Carlos Portugal ainda permitiram que a selecção canarinha voltasse a comandar, após um parcial de 8-2, obrigando o seleccionador luso a parar o jogo, no minuto 24 (29-26 para o Brasil). A entrada de Nádia Tavares, para a posição de extremo, por troca com a capitã Sara Filipe, indo Paula Muxiri jogar dentro, possibilitou desde logo uma presença mais efectiva das portuguesas na área pintada, que num ápice provocaram três faltas com direito a lances livres, fazendo um parcial de 0-10. Foi a vez de o treinador brasileiro Luiz Tarallo pedir um desconto de tempo no minuto 26 (29-36) para tentar travar a arrancada lusitana, sem grandes resultados práticos, porque foi neste período até ao final do 3º quarto (35-42) que Portugal acertou os seus únicos 2 triplos (fracos 18% de eficácia) por intermédio de Sofia Ramalho (13 pontos, 50% nos triplos, 2 assistências, 4 ressaltos, 5 roubos e 5 faltas provocadas, com 6/6 da linha de lance livre), ponto de partida para uma excelente prestação nos últimos dez minutos e de Carla Nascimento (3 pontos, 1 triplo, 8 ressaltos defensivos, 1 assistência e 4 roubos).
No derradeiro quarto (12-15) a turma das quinas geriu a vantagem sem grandes sobressaltos, com a vantagem a oscilar à volta da dezena de pontos. Neste período foi notória a experiência de Sofia Ramalho, bem a controlar a posse de bola e a provocar faltas, contabilizando 10 pontos da sua conta pessoal (13).
Destaque para a actuação de Sónia Reis, MVP do encontro com 31,0 de valorização, ao anotar 26 pontos, 55% nos duplos, 6 ressaltos sendo 2 ofensivos, 2 assistências, 4 roubos, 3 desarmes de lançamento e 6 faltas provocadas, embora não estivesse muito certeira nos lances livres (57%), ao falhar 3 em 7 tentativas. Bom contributo de Paula Muxiri (13 pontos, 8 ressaltos sendo metade ofensivos, 3 assistências, 1 roubo, 2 desarmes de lançamento e 7 faltas provocadas, com 7/10 da linha de lance livre), ainda que tenha estado desastrada no ataque.
Na selecção do Brasil as melhores foram as postes Fabiana Sousa (10 pontos, 21 ressaltos sendo 7 ofensivos, 4 assistências, 2 roubos, 2 desarmes de lançamento e 2 faltas provocadas), autora de um duplo-duplo e Mónica Nascimento (16pontos, 9 ressaltos sendo 7 ofensivos, 2 assistências, 1 roubo, 1 desarme de lançamento), as maiores responsáveis pela esmagadora superioridade das canarinhas nas tabelas (48-30 ressaltos). Esta dupla ganhou tantos ressaltos (30) como os conseguidos pela nossa equipa.
Nos restantes indicadores, Portugal esteve melhor nos roubos (11-16), nos turnovers (22-15), nas faltas provocadas (15-19), nos triplos (11%-18%) e nos lances livres (43%-74%), enquanto o Brasil foi mais colectivo (14-10 assistências), até de ter ganho a luta de ressaltos. Nos lançamentos de 2 pontos as duas equipas equivaleram-se (39%).
Arquivo: Seniores Femininos
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