O treinador na festa

Versão para impressão
Avaliação: / 7
FracoBom 

João RibeiroTerminada mais uma edição da Festa do Basquetebol Juvenil, emerge a reflexão sobre o impacto da mesma em todos os agentes da modalidade.

Atletas que recordam os bons momentos desportivos e de convívio, outros que se emocionam porque não voltarão mais; dirigentes que se orgulham de ter conseguido desenvolver esforços para que a sua comitiva pudesse estar presente, outros que se congratulam por terem contribuído para a concretização de mais uma edição da festa. E os Treinadores?

Sem sombra de dúvida que os Treinadores se assumem, neste evento, como agentes determinantes para que os objetivos do mesmo sejam alcançados. Assim, foi possível encontrar vários perfis de treinadores, tendo o clinic da Festa procurado contribuir para encontrarmos indicadores para uma Filosofia de treinador de sub-14.

Para algumas associações não foi fácil conseguirem que as suas seleções fossem lideradas por treinadores com experiência neste contexto e perfil para treinar jovens. Parece haver algo que afasta alguns treinadores desta importante missão. Para outras foi visível a coerência, no sentido de manterem um corpo técnico que expressa uma forma de estar destinada a servir os objetivos do desporto juvenil.

Neste artigo parece-me oportuno deixar alguns indicadores daquilo que significa ser um treinador na Festa. E a esse respeito começaria pelas tentações a que estamos sujeitos quando nos confrontamos com a parte desportiva da Festa.

As 5 tentações:

Por outro lado parece-me igualmente oportuno partilhar aquela que poderá constituir uma filosofia do Treinador da Festa. Para tal expresso-as como regras de ouro.

As regras de ouro do Treinador da Festa

O processo será sempre mais importante do que o produto. O processo deixa marca positiva (assim se pretende) no atleta, o produto (resultado) rapidamente se esquece.

 

Comentários 

 
0 #5 Francisco Antonio 21-04-2014 15:43
Li com muita atençao os artigos aqui publicados ! Queria tão sómente dizer que também já fui jovem, hoje estou a caminho da terceira idade e nunca me arrependi nas actividades onde participei, aprender com os mais velhos, mas não escusei nunca em ouvir e bem atento o que os mais novos tinham para perguntar. Saber ouvir, também é aprender...Gostei imenso do artigo do sr. J.Ribeiro. Já não é o primeiro que me aguça o engenho, para comentar. Acho, que vai no bom caminho.! Pelo Desporto e para o Desporto, o meu Bem Haja.
Citar
 
 
+1 #4 João Ribeiro 17-04-2014 18:36
Caro Companheiro Carvalho, creio que não deverá ficar preocupado com o carácter, na sua opinião, retrogado deste artigo. Isto porque é importante que não tenhamos o atrevimento de dizer que sabemos tudo. Aliás o artigo está longe de nos dizer tudo sobre o treino de jovens, assim como nem todos os erros da nossa prática diária terão resolução apenas por lermos, estudarmos ou escrever sobre eles.
A sua juventude é importante para o processo, pelo que só temos a ganhar se o artigo o despertou para a necessidade de valorizar a dedicação e a arte de ensinar. Estas coisas de saber tudo não existem, a "velhice" pode não trazer muita sabedoria mas traz certamente a responsabilidad e de partilha. Oxalá com o avanço da idade sinta essa responsabilidad e. Obrigado pelo seu comentário
Citar
 
 
+1 #3 Humberto Gomes 17-04-2014 18:00
Caro companheiro Carvalho (treinador jovem, imagino).
O João Ribeiro não precisa que alguém assuma a sua "defesa". Mas como estamos nas "coisas" do basket - o mais completo desporto de equipa -, permita-me que classifique o seu comentário de retrógado ao classificar como retrógada a visão do seu autor.
Pela simples razão de que as regras de ouro enunciadas, bem poderiam figurar num compêndio de verdadeira pedagogia !
E já terá imaginado que se os treinadores jovens têm dedicado muitas horas ao ensino do jogo, talvez que os velhotes já tenham dedicado muitos anos?!
Permita-me só uma referência, a John Wooden, que saberá de quem se trata - verdade?-: "O talento é um dom de Deus, seja grato; a fama é um dom dos homens, seja humilde; a presunção é um dom de si próprio, seja cuidadoso".
Bom estudo e boa Páscoa.
Citar
 
 
+2 #2 Carvalho 16-04-2014 16:40
Como treinador jovem, presente nas festas vejo este artigo como uma visão bastante retrograda. Será que o futuro não esta nestes treinadores jovens que dedicam muitas horas da sua vida ao ensino da basket aos mais novos e a estudar para os ensinar? Esta na hora dos velhotes deixarem de pensar que sabem tudo.

Durante as festas vi vários jovens a treinar e não os vi a deixar de puxar pelas suas equipas, reclamar com arbitros, faz parte do jogo apesar de não se dever fazer.
Citar
 
 
+1 #1 San Payo 16-04-2014 14:17
Mais uma vez parabéns
Citar
 
 
ARTIGOS RELACIONADOS: