Motivar os jovens (3)

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Motivar os jovens através do treino (3)

Em tempos passados, usou-se uma metodologia de treino que se baseava na subordinação do atleta ao treinador, o que retirava qualquer hipótese ao jogador de manifestar autonomia e criatividade.

Era então vulgar observarmos o treinador a relatar os jogos e a dizer aos atletas o que fazer ou, no pior dos casos, o que deveriam ter feito quando as respostas dadas não tinham os resultados esperados.

Estes métodos baseados numa perspetiva mecanicista e técnica transformavam jovens cheios de energia e animados em atletas apáticos e desmotivados por culpa de anacrónicos processos educativos.

Ensinava-se o "como" fazer em vez de considerar igualmente o "quando", o "que fazer” e o "porquê" de atuar de uma ou outra forma. Deste modo, tentava-se adaptar a criança ao basquetebol em vez de adaptar esta modalidade à criança.

Naturalmente que a solução correta será modificar esta situação e que o treinador funcione como um guia que observa as respostas dos alunos, ajuda na sua resolução ou então, em determinados momentos torna os problemas mais complexos.

Dar prioridade à técnica e ao cumprimento estrito das ordens do treinador sem comprometer o jogador na solução dos problemas impede os atletas de entender o jogo nos seus aspetos mais básicos.

Por outro lado é importante referir que nenhuma aprendizagem é significante se não existir um forte relacionamento entre o treinador e o jovem atleta.
Por isso, não consigo resistir à tentação de referir a notável palestra da professora americana, Rita Pierson em TED TALK EDUCATION e cujo conteúdo encaixa perfeitamente no tema que tenho vindo a tratar.

E, assim, passo a relembrar algumas das afirmações proferidas por essa notável pedagoga:

Palavras sábias de uma professora com muitos anos de experiência em tão nobre missão.

Na verdade, muitas vezes esquecemos que estamos a trabalhar com crianças e que aquilo que elas mais apreciam é de algo que é muito importante, ou seja, de se sentirem apreciadas e valorizadas pelo seu treinador. Esta influência torna-se mais relevante quando o jovem começa a sua aprendizagem, ainda não tem muita qualidade e se demonstra que para nós, treinadores, eles são tão importantes como os mais aptos.

Então é muito gratificante verificar como eles se entregam ao treino a cem por cento e dão o melhor de si. O ganhar e o perder não é o que mais interessa, mas sim a diversão, entrega e entusiasmo que dedicam à aprendizagem da modalidade.

 

Comentários 

 
+1 #1 San Payo Araújo 03-03-2021 13:01
Caro Mário Barros

Gosto muito de ler estes artigos.´

Um abraço
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