Mestre que me habituei a admirar

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Rogério MotaÉ com enorme prazer e honra que deixo um pequeno depoimento sobre o professor Hermínio Barreto, mestre, companheiro e amigo, que me habituei a respeitar e admirar. Estamos em 1969/70, início do meu Curso de Professores de Educação Física. Vindo da província, Santarém,

onde jogava várias modalidades, entre elas o basquetebol na Associação Académica de Santarém, por essa razão fui conjuntamente com um companheiro, o saudoso Carlos Teigas, integrado na equipa do INEF, que disputava os campeonatos universitários, onde pontificavam nomes sonantes da modalidade, nomeadamente o Hermínio Barreto.

Quando realizávamos, alguns dos jogos no Pavilhão do Estádio Universitário, para mim já era um privilégio, mas o interessante era o apoio e carinho como eramos tratados, em especial pelo Hermínio. Lembro-me bem, da expressão divertida, mas de confiança: “Vá putos! Vamos”, que nos dirigia quando fazíamos uns jogos, na altura, bem interessantes desses campeonatos.

Desde esta altura, que me fui cruzando com a actividade e os projetos do Hermínio. Fui fazendo e conquistando uma amizade, que perdura e ao longo do tempo se tornou admiração.

A sua lecionação como professor do ISEF/FMH; o seu doutoramento; os centros de treino de Basquetebol, onde os seus alunos da Faculdade passavam por uma experiência extraordinária de ensino e investigação sobre o jogo na nossa modalidade, o Basquetebol; os Seminários de Basquetebol no ISEF; a cassete DVD que sobre o ensino do jogo se gravou na minha escola, a Escola Secundária D. Dinis; a sua disponibilidade para ouvir e trocar opiniões connosco; a sua capacidade de estimulo e motivação para connosco, que, por exemplo, testemunhei quando no desempenho destas funções, Presidente da Associação de Basquetebol de Lisboa.

Por altura dos 90 anos da associação, tendo acedido ao convite que lhe formulei para estar presente na sessão comemorativa, resolveu escrever-nos um texto extremamente afetuoso, mas altamente motivador para comigo pelo desempenho daquela função.

Em tudo, sempre a mesma leveza, elegância e correção. Bom comunicador, bom ouvinte, perspicaz, bem-humorado, sempre aberto á partilha do saber e do conhecimento, o Hermínio, o “chefe Hermínio” como bem gosto de lhe chamar, granjeou um enorme respeito e consideração no seio dos seus pares-treinadores; professores; académicos e conquistou a admiração e a amizade de quantos têm lidado de perto com ele, em particular no âmbito da Educação Física e Desporto e do Basquetebol.

Mestre que me habituei a admirar

Por mim, esta “singela homenagem” que agora por este meio o amigo San Payo Araújo decidiu empreender, sendo digna e importante é curta para a sua dimensão e para a sua postura e atitude ao longo desta sua vida cheia.

Por tudo o que nos tens dado e possibilitado. Obrigado, Hermínio!

 

 
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