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Causas comunsAumentar a prática e os praticantes é seguramente garantir o futuro da modalidade, mas consubstanciada em acções e não apenas em chavões de intenções desprovidos de conteúdo.

É em tempos de crise, mais do que nos tempos fáceis, que nos devemos unir em torno de causas comuns. Contudo para tal há que saber identificar e definir essas causas e estabelecer prioridades nas causas comuns. Salvo melhor opinião é nestes períodos mais do que nunca que devemos apostar no futuro. A forma mais consistente de apostar no futuro é apostar na formação. Dito isto acredito que as causas comuns pelas quais nos teremos de unir chamam-se “Salvar a Festa do Basquetebol Juvenil”, que nos últimos anos tem decorrido em Portimão e “Aumentar a base de praticantes” no escalão de Sub-12 de forma a dar maior consistência ao evento que o ano passado se realizou em Paços de Ferreira.

Numa troca de opiniões, o Prof. Paulo Neta director técnico da AB Porto transmitiu-me, já há algum tempo uma ideia que considerei brilhante. O Paulo sugeriu, que uma forma em que a federação poderia dar um retorno ao apoio da Câmara de Portimão dava à Festa do Basquetebol Juvenil, era adquirir bolas de minibásquete a serem distribuídas pelos clubes do país inteiro com a frase “Hei-de ir a Portimão”. Esta seria uma mensagem que suscitaria a curiosidade de muitas crianças que chegavam ao minibásquete e acima de tudo suscitaria aquilo que os espanhóis chamam criar a ilusão, no sentido de criar o sonho de se alcançar uma meta. O evento de Portimão é na minha opinião o projecto mais importante do basquetebol de toda a primeira década do Século XXI. A força deste projecto residiu em grande parte por se tratar de um projecto comum que envolveu um grupo alargado de treinadores e outros agentes, que muito pugnaram por este evento e que mobilizou o país de norte a sul, ao ponto de algumas Associações dos Açores terem a vontade de participar como Associação e não integrados na selecção da região autónoma dos Açores.

Os tempos estão difíceis mas “Salvar as Festas”, nem que isso implique um contributo dos pais dos jovens participantes e sacrifícios das Associações é a meu ver uma das causas comuns pela qual devemos todos lutar.

A outra causa comum é o alargamento da base de praticantes no escalão de Sub-12 de forma  a dar mais consistência e razão de ser à Festa do Minibásquete. Roma e Pavia não se fizeram num dia. Em 2000, quando foi reactivado o CNMB era impensável, nem nunca foi sugerido por ninguém, porque não fazia qualquer sentido a realização da Festa do Minibásquete. A razão era evidente, há dez anos atrás o minibásquete era profundamente residual e com muito pouca actividade. Passado uns anos e com o crescimento dos praticantes e das actividades do minibásquete, passou a fazer algum sentido a realização deste evento, pelo que após reflexão realizada no Fórum do Minibásquete decorrido em 2009 em Paços de Ferreira, decidiu-se avançar para esse evento. A primeira edição realizada em 2011 foi um sucesso pelo que se tornou  conveniente dar mais consistência ao evento realizado em Paços de Ferreira, onde não faz muito sentido, sem com isto por em causa o difícil trabalho que os treinadores do interior realizam, chegarem selecções a esta prova, que são baseadas num ou dois clubes, os únicos existentes na região com minibásquete. Por esta razão, e por todos os motivos e mais algum, alargar a base tem de ser uma causa comum do universo do basquetebol.

Para alargar a base e aumentarmos as actividades no país inteiro é necessário ouvir toda a gente e ouvir os praticantes e treinadores é ouvir o Tiago de Gouveia, que quer jogar mais vezes, é ouvir o Tiago Silva de Bragança que quer proporcionar mais jogos à sua equipa, é ouvir os pais que nas regiões urbanas são quem transporta as crianças. É aqui que entra a lógica duma nova divisão geográfica e administrativa para o minibásquete, que visa juntar o que é semelhante ao que é semelhante.

Como verificámos, nos artigos anteriores, há uma grande diferença entre os clubes. Há clubes que quase não tem de se deslocar para poderem jogar e há clubes que para jogarem terão sempre de se deslocar. Diz-me a experiência que nos grandes centros Lisboa. Porto e península de Setúbal, salvo raras excepções são os pais que transportam os seus filhos para os locais de jogos. Tendo diversos clubes nas suas proximidades para jogarem, porquê obrigá-los a cumprirem grandes distâncias, com os custos inerentes, para que os seus filhos possam jogar?

Já nas regiões com clubes mais ou muito dispersos encontramos formas mistas dos transportes. O transporte é feito por veículos dos clubes, outras vezes dos pais ou com apoio das câmaras que tem maior sensibilidade para esta questão. De qualquer dos modos sempre que não joguem em casa terão de se deslocar. Esta é uma das razões da lógica da minha sugestão. E como é evidente se queremos o minibásquete expandido pelo país, teremos de apoiar de forma diferente quem não tem grandes distâncias a percorrer. Quem tem de percorrer grandes distâncias, terá evidentemente, custos necessariamente diferentes.

Como já foi mencionado no artigo anterior também o modelo de organização desportiva não deverá ser idêntica nas referidas regiões. No entanto seja qual for a solução, nomeadamente quando envolvemos os pais nos transportes a organização das actividades terá de ser sempre cuidada e bem organizada, pois eventos bem organizados são mobilizadores e mal organizados gasta-se o mesmo dinheiro e são desmotivadores. Não me canso de repetir, que o que prende as crianças ao jogo é o facto de jogarem, pelo que as organizações devem ter muito cuidado e nunca deve acontecer uma criança não jogar ou jogar muito pouco e estar uma manhã ou tarde inteira num pavilhão.

O modelo de convívios alargados a muitas equipas num local facilita, sem dúvida os custos e a organização, mas temos de ter cuidado. Se as crianças não jogam ou jogam pouco tempo, é natural desmotivarem-se, principalmente se não lhes oferecermos actividades alternativas, e desmobilizamos os pais, que sentem, que num dia de descanso, que se levantaram cedo, ou fizeram vários quilómetros, para o seu filho não jogar ou jogar meia dúzia de minutos.

 

 


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