O que acontece no campo fica no campo?
 
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O que acontece no campo fica no campo?

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altNum jogo de basquetebol são feitas muitas jogadas, são atiradas muitas bolas ao cesto, há muitas lutas pelos ressaltos e muitas lutas para conquistar ou negar espaço a um adversário.

E também dizem-se muitas palavras. Muitas de orientação, muitas de motivação e também muitas de provocação. Desde que o basquetebol existe (desde que o desporto existe) que tentar desconcentrar um oponente faz parte dele. E às vezes uma pequena provocação pode dar uma vantagem decisiva a um jogador ou equipa.

Dennis Rodman, por exemplo, não só fez carreira disso, como o tornou uma verdadeira arte. O Verme conseguia entrar na cabeça dos seus adversários como poucos. Conseguia fazê-los jogar pior melhor que ninguém. Charles Barkley, Michael Jordan, Gary Payton ou Reggie Miller são outros ilustres mestres da desestabilização, reconhecidos tanto pelo imenso talento como pela língua afiada (as picardias entre Miller e o fã número um dos Knicks Spike Lee são lendárias e foram recentemente imortalizadas no documentário Winning Time da ESPN).

Mas há limites para aquilo que se diz a um adversário ou vale tudo? E aquilo que é dito em campo deve ficar em campo ou deve ser denunciado quando passa dos limites?

Nos últimos dias não se tem falado doutra coisa na NBA. E tudo começou com um tweet de Charlie Villanueva. Na semana passada, depois dum Celtics-Pistons, o extremo da equipa de Detroit colocou uma mensagem na sua página no Twitter a dizer que Kevin Garnett lhe tinha chamado “doente de cancro” (cancer patient). Villanueva sofre de alopecia areata, uma doença auto-imune que provoca a perda do cabelo e dos pêlos (o ex-árbitro de futebol Pier Luigi Colina é outra conhecida personalidade do desporto que padece desta doença).

O tweet de Villanueva (que tem mais de 100.000 seguidores na sua página) espalhou-se rapidamente pela internet e chegou a todos os meios de comunicação social. Instalou-se a polémica.

Muitos criticaram a atitude do extremo dos Celtics e disseram que Garnett tinha ido longe demais ao tocar num assunto tão sério como o cancro. Uma troca de palavras mais acesa no calor do jogo é uma coisa, mas dizer algo relacionado com um mal tão grave e que afecta tantas pessoas é de mau gosto.

Garnett desmentiu, num comunicado, dizendo que não foi isso que lhe disse. Segundo o mesmo, foi um grande mal entendido e o que lhe disse foi que ele era um cancro para a sua equipa (“a cancer to your team”).

As reacções sucederam-se e os que criticaram Villanueva foram tantos ou mais do que aqueles que criticaram Garnett.

A opinião generalizada entre jogadores e treinadores é que Villanueva quebrou o código de honra que diz que aquilo que acontece no campo fica no campo. E se tens algum problema com outro jogador resolves dentro de campo. “Às vezes pode tornar-se um bocado pessoal, mas é tudo pela competitividade, é tudo pelo calor do jogo.”, disse Rashard Lewis, dos Magic. “Quando já não estás no campo e vais falar disso aos repórteres estás a passar um limite”, acrescentou.

Outros, como Stan Van Gundy, foram mais duros. “Se as pessoas soubessem tudo o que é dito durante um jogo, iam achar muita coisa inapropriada, mas faz parte. Existe desde sempre. Sim, há coisas que não deviam ser ditas, mas os jogadores não deviam andar a dizer no Twitter tudo o que é dito em campo.”, disse o treinador de Orlando. E segundo o seu irmão Jeff Van Gundy, “Villanueva passou das marcas.”

Outros ainda desdramatizam e dizem que é normal e tudo não passa duma empolação criada pelos media. Shawn Marion afirmou que “estão a fazer uma grande coisa disso, mas é disso que vivem os media. Eles fazem uma história de tudo.” E para Mike D’Antoni, “acontece. Não sei o que aconteceu e não me interessa. Essas coisas acontecem e não é nada de mais.”

E para vocês, quem tem razão? Garnett, Villanueva ou nenhum? Há limites para o que se diz para picar e desconcentrar um adversário? E o que é dito fica em campo e quem traz o assunto para fora do campo é queixinhas? Ou tudo isto não interessa para nada e deviam era preocupar-se em jogar?

Deixem os vossos comentários, a discussão está aberta.

 

Comentários 

 
+3 #1 Miguel 09-11-2010 13:12
Acho inaceitável o comportamento do Villaneuva ao vir tornar público uma "boca" que ouviu durante um jogo. Claro que deverão existir limites do razoavel e aceitável para o "trash-talk" mas mesmo esses deverão ser aferidos e punidos por entidades dentro do jogo (árbitros) ou relacionados directamente com ele (NBA Comission), nunca tornados públicos por forma a permitir julgamentos sumários e "linchamentos populares".
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