Dos padecimentos dos Lakers
 
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Dos padecimentos dos Lakers

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altJá o ouvimos antes: os Lakers não estão a jogar bem e dificilmente vão conseguir ganhar o título. Uma ou duas vezes por ano lá surge esta história.

Foi assim em 2008, depois da equipa de Los Angeles ter perdido a final para os Celtics. Em vários momentos da temporada regular ninguém parecia acreditar que voltassem às Finais e ganhassem. Foi assim em 2009. Apesar de não terem concorrência no Oeste, não conseguiriam vencer as Finais se não jogassem como os campeões que eram.

E este ano, depois das últimas semanas, eis que voltam as manchetes: os Lakers não se esforçam, não jogam bem, os seus principais jogadores estão a jogar mal, Gasol é mole e Kobe está a ficar velho.

Ser de Los Angeles e bi-campeão tem destas coisas. Primeiro porque estar na cidade dos anjos coloca uma equipa sobre um escrutínio muito maior que nas outras cidades. Os meios de comunicação social de Los Angeles, à excepção dos de Nova Iorque, são os mais duros e exigentes. É o preço de viver na cidade das estrelas. Cada movimento, atitude ou jogo é dissecado até à exaustão.

Depois porque as pessoas têm sempre uma vontade mórbida de ver os melhores a falhar. Quando se está no topo nunca falta quem queira derrubar e nada vende mais que a desgraça da melhor equipa. Quando tudo corre bem, não há história, agora quando algo corre mal, a tinta começa a correr.

Queremos com isto dizer que não há razão nestas críticas? Não, porque os Lakers mostraram várias deficiências no mês de Dezembro. Com a lesão de Andrew Bynum, Pau Gasol jogou muitos minutos, numa posição que não é a sua e que lhe exige muito mais fisicamente. Como resultado disso, mostrou-se mais fatigado e o seu rendimento baixou. De médias de 25 pontos e mais de 12 ressaltos no mês de Novembro, baixou para 17 pontos e 9.5 ressaltos em Dezembro. A percentagem de lançamentos veio por aí abaixo também, de 54% para 47%.

Kobe não esteve muito acertado também e, ao ver os seus companheiros a baixar o rendimento, começou a forçar, a voltar aos seus terrenos familiares do cinco contra um e a não passar a bola.

Para além disso, depois do início escaldante de jogadores como Shannon Brown, Matt Barnes e Steve Blake, e o contributo destes suplentes foi uma das chaves do sucesso inicial da equipa, o banco não rendeu o mesmo em Dezembro que no começo da época.

Sim, os Lakers não andaram muito bem ultimamente. Mas é razão para soarem os alarmes? Ainda não.

Primeiro porque com Andrew Bynum de volta, Gasol volta à sua posição original de power forward, descansa mais minutos e os seus números vão voltar a subir. E o frontcourt dos Lakers (e a sua defesa) ficam mais fortes novamente.

E também porque a aparente falta de empenho e motivação vai desaparecer quando os Playoffs começarem. Porque esta é uma equipa veterana, experiente, que tem parecido, a espaços, aborrecida com a temporada regular. Não tiveram oposição no Oeste nos últimos dois anos e parecem desejosos de passar os 82 jogos e começar a jogar os que realmente contam para eles. Estão a fazer a temporada regular em velocidade de cruzeiro, mas quando chegarem os Playoffs vão estar no seu melhor. Lembram-se dos Celtics do ano passado?

E os dois últimos jogos (vitórias sobre Hornets e Sixers) já o confirmaram. Depois de toda a tinta que corria sobre os seus padecimentos, a equipa da Califórnia jogou e ganhou. E jogou bem. Dois jogos foi o que bastou para voltarem a encarrilar.

O que mudou? Andrew Bynum voltou ao cinco inicial. Jogou 30 minutos em ambos os jogos, num acabou com 18 pontos (nuns efectivos 8-12 em lançamentos) e 6 ressaltos e noutro teve apenas 8 pontos, mas com 15 ressaltos. Gasol voltou à sua posição original de power forward (11 pts, 12 res e 5 ass frente aos Hornets; 20 pts, 8 res, 2 rb e 2 dl frente aos Sixers; e mais importante, jogou apenas 33 minutos em cada um dos jogos). A defesa interior dos campeões melhorou e dominaram o jogo interior nos dois lados do campo. Com os Hornets, marcaram 46 pontos na área pintada (contra 30 dos Hornets), com uma percentagem de lançamento de 77% e ganharam claramente a luta das tabelas (44-24). Contra os Sixers, marcaram 50 (contra 34) e ganharam mais 10 ressaltos (45-35).

Lamar Odom voltou ao seu papel de sexto homem e, como suplente de luxo, liderou uma segunda unidade que destroçou a segunda unidade dos Hornets (contra estes foi o melhor marcador da equipa, com 24 pontos e ontem marcou mais 18).

E Kobe também voltou à sua encarnação de jogador que distribui pelos colegas e não joga sozinho. Com os Hornets, fez 20 pontos com poucos lançamentos (8-14) e ainda 4 assistências, em apenas 27 minutos. Sim, ontem foi mais marcador de novo, mas de forma mais eficaz que antes: 33 pontos em 24 lançamentos.

A importância de Bynum na equipa de Los Angeles é maior do que apenas os seus números. Para além do espaço que ocupa no meio e de melhorar bastante a defesa interior, liberta Gasol para as suas tarefas naturais frente a power forwards mais pequenos e menos pesados que os postes que é obrigado a enfrentar quando Bynum está de fora. Com Bynum o frontcourt dos Lakers é um dos maiores e mais fortes da NBA. Para além, disso, Odom passa a sair do banco, como principal ameaça duma das melhores segundas unidades da liga, dando um impulso fundamental ao ritmo da equipa. Com Bynum no cinco inicial, tudo está no seu devido lugar nesta equipa.

Parafraseando Mark Twain, parece que as notícias sobre a "morte" dos bi-campeões foram manifestamente exageradas. Uns dias depois, tudo está bem no reino dos Lakers.

 

 


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