O jogador mais dominante das últimas duas décadas na NBA decidiu por um ponto final na sua carreira de basquetebolista profissional.
Aos 39 anos, Shaquille O'Neal anunciou ao mundo que não voltaria a jogar basquetebol de alta competição. Para trás ficam 19 anos de excelência não só dentro, como fora dos pavilhões. As suas extraordinárias capacidades físicas, aliadas a um talento não menos grandioso, fizeram de Shaq o jogador mais dominante da liga nas duas últimas décadas.
Primeira escolha do draft de 1992 pelos Orlando Magic, O'Neal teve um impacto imediato na liga. O seu poderio físico, velocidade, força bruta e capacidade técnica, nomeadamente ao nível do jogo de pés, transformaram os Magic num candidato imediato ao título. No entanto, não foi em Orlando que Shaq atingiu o seu auge.
Quatro épocas mais tarde e já com uma presença nas finais (1995) no seu currículo, Shaquille juntou-se aos Lakers. Foi em Los Angeles que Shaq amadureceu e cresceu como jogador, no entanto, apenas com a chegada de Phil Jackson à cidade dos anjos, chegaram também os títulos.
O primeiro foi em 2000, único ano em que foi considerado o MVP da época regular, prémio que acumulou com o de MVP das finais. Seguiram-se mais dois anéis em 2001 e 2002, antes da decepção de 2003, que culminou com a saída dos Lakers.
O destino seguinte foi Miami, onde encontrou um jovem Dwyane Wade. Entre 2004 e 2008, jogou pelos Heat, tendo em 2006 conquistado o seu quarto anel de campeão, na final disputada diante dos Mavericks.
De lá para cá, O'Neal jogou em vários conjuntos, nomeadamente nos Phoenix Suns (2008-2009), Cleveland Cavaliers (2009-2010) e Boston Celtics (2010-2011), nos quais esteve longe de alcançar o sucesso que almejava.
No seu currículo encontram-se 4 títulos da NBA (2000-2002 e 2006), 3 MVP das Finais (2000-2002), 1 MVP da fase regular (2000), rookie do ano (1993), 15 presenças em jogos all-star (1993-1998, 2000-2007 e 2009), 2 vezes melhor marcador (1995 e 2000), entre muitas outras distinções.
Mas mais do que os números ou do que os títulos que ficam para a história, o que realmente fica de Shaq é o seu sorriso, o seu sentido de "entertainer" e o bom coração de um homem que mais parecia um miúdo num corpo de gigante.
Shaquille O'Neal vai deixar os campos de basket, é certo, contudo, não é de esperar que ele desapareça do radar. Decerto que o seu carácter forte, espírito crítico e opinião irão continuar a ser ouvidos e respeitados, como o foram desde que invadiu as vidas de todos os adeptos do desporto e em particular da NBA, há cerca de 20 anos atrás.
