O draft é um dos momentos que marca o início de cada temporada na NBA, com a liga a ser invadida por uma onda de novos talentos em busca de uma oportunidade.

E mesmo apesar da indefinição em torno das negociações entre jogadores e proprietários, que podem influenciar o rumo que a competição vai seguir nos próximos anos, hoje não se fala de outra coisa a não ser do draft.

Nomes como Kyle Irving, Derrick Williams, Brandon Knight ou Enes Kanter perfilam-se como algumas das novas figuras da próxima geração, mas será que todos eles vão atingir o estrelato?

Esta pergunta é colocada época após época a cada nova fornada do draft, mas apenas com o passar dos anos vai sendo respondida.

Vamos então analisar os dratfs das últimas duas décadas, mais precisamente desde 1994, ano em que foram escolhidos os jogadores mais antigos da actual NBA: Jason Kidd, Grant Hill e Juwan Howard. Quem foram os grandes fracassos e quem foram os grandes achados neste período?

A análise aos "fracassos" segue critérios algo subjectivos. De forma resumida, tentaremos identificar os atletas cujas expectativas à entrada para a liga, não foram minimamente atingidas.
 

Nos casos acima listados é evidente que a vantagem de escolher primeiro não foi tão vantajosa quanto se esperava.

Os motivos para o insucesso destes atletas foram vários, desde a incapacidade em lidar com a pressão inerente às elevadas expectativas criadas, casos de Kwame Brown, Michael Olowokandi ou Darko Milicic. Outros como Jay Williams, Darius Miles, Shaun Livingston e mais recentemente Greg Oden foram fustigados por graves lesões que os impediram de confirmar o seu potencial. Por sua vez, atletas como Marcus Fizer, Nickoloz Tskitishvili ou Adam Morrison revelaram-se incapazes de se adaptar à realidade da NBA.

No entanto, se uns não correspondem às elevadas expectativas em seu trono criadas, outros superam-nas bastante. Na lista seguinte, estão identificados os altetas que tendo sido escolhidos fora do top 10, acabaram por marcar presença em pelo menos um jogo All-Star.

Destes, os mais emblemáticos são o na altura muito jovem Kobe Bryant, o base canadiano Steve Nash, o argentino Manu Ginobili, o francês Tony Parker e o tambem base Rajon Rondo. Há ainda a particularidade de dois dos elementos desta lista nem sequer terem sido escolhidos no draft, Ben Wallace e Brad Miller.

O porquê do sucesso de todos estes jogadores? É óbvio que a tenra idade na altura do draft deve ser equacionada, assim como o facto de alguns destes atletas serem oriundos de fora dos Estados Unidos, no entanto, grande parte do seu sucesso dever-se-á seguramente ao muito trabalho e à capacidade de evolução evidenciada durante o percurso profissional de cada um deles. Isto porque, de uma forma ou de outra, superaram as expectativas que deles eram esperadas.