A decisão de abandonar a competição nunca é fácil, menos o é quando se trata de um jogador de 27 anos, cujas múltiplas lesões impediram de atingir um nível ainda mais elevado.
Foi o que aconteceu a Brandon Roy. Escolhido na 6ª posição do draft de 2006 pelos Minnesota Timberwolves, Roy foi logo de seguida trocado para os Portland Trail Blazers, naquele que viria a ser o único clube da sua carreira. Logo na sua primeira época na liga, foi fustigado por lesões, que o obrigaram a falhar 25 jogos da fase regular, mas mesmo assim foi escolhido como rookie do ano, com 127 votos em 128 possíveis para o primeiro lugar.
A chegada de Roy, assim como de LaMarcus Aldridge a Portland, revolucionou o jogo dos Blazers, cujos recordes de vitórias-derrotas melhoraram drasticamente de ano para ano. O seu estilo discreto e humilde tornou-o num dos mais respeitados atletas da liga, tanto pelos companheiros como pelos adversários e adeptos.
Em cinco temporadas, Roy obteve números de grande nível: 19 pontos, 4,7 assistências e 4,3 ressaltos por jogo, que comprovam bem a polivalência e qualidade do seu jogo. Nesse período foi escolhido por três vezes para o jogo All-Star e conduziu os seus Blazers a três presenças no playoff.
Infelizmente para Roy e para todos os adeptos do jogo, as lesões acabaram por lhe levar a melhor, obrigando-o a colocar um ponto final precoce numa carreira que poderia ter atingido um nível ainda mais alto.
Para a história e como epílogo da sua carreira, fica a extraordinária recuperação dos Blazers no jogo 4 da primeira ronda dos playoffs do ano passado, diante dos Dallas Mavericks, que se viriam a tornar campeões. Visivelmente incapacitado nos joelhos, Roy liderou a maior recuperação da história dos Blazers com 18 pontos no último período, derrotando os Mavericks e empatando a série 2-2.