A segunda ronda dos playoffs inicia-se hoje na conferência Este, com o inesperado duelo entre Celtics (4) e Sixers (8). Mais previsível à partida, era o confronto entre Heat (2) e Pacers (3).
Os veteranos Celtics continuam a sua caminhada, possivelmente a derradeira enquanto Big 3 ou Big 4, se incuirmos Rondo. A tarefa não se afigura fácil, sobretudo se considerarmos as dificuldades físicas de Paul Pierce. No entanto, Rajon Rondo é capaz de dominar qualquer jogo, Kevin Garnett parece rejuvenescido e Ray Allen deverá subir de rendimento nos próximos tempos, depois de ter falhado alguns jogos por lesão. Pelo caminho ficaram uns Hawks que não demonstraram grande vontade ou espirito de superação. O talento está lá, mas a intensidade não.
Os Sixers (8) tambem seguiram em frente, ao eliminarem os azarados Bulls (1). Claro que tudo seria diferente caso o conjunto de Chicago se tivesse apresentado na máxima força, no entanto, as lesões fazem parte do jogo. E independentemente da menor valia momentanea do adversário, há que valorizar o esforço da equipa de Philadelphia, que apesar de ter tremido bastante no jogo 6, teve em Andre Iguodala o líder que guiou o conjunto à segunda ronda. Realce ainda para o treinador dos Sixers, Doug Collins, que não passava à segunda ronda dos playoffs desde 1989, altura em que treinava os Bulls de ... Michael Jordan.
Depois de eliminarem os Hawks, os verdes de Boston enfrentam agora os Sixers e contam com a preciosa vantagem do factor casa do seu lado.
Mais previsíveis foram os defechos das eliminatórias Heat-Knicks e Pacers-Magic.
Os Miami Heat não conseguiram varrer os Knicks, mas pouco faltou. Os Heat venceram por 4-1 e nunca viram o seu domínio posto em causa. Com a eliminação dos Bulls, os Heat sabem agora, que terão a vantagem casa do seu lado e parecem ter o caminho aberto a Este rumo à final. O momento mais triste da série ocorreu no jogo 4 em New York, quando Baron Davis se lesionou gravemente no joelho, naquela que poderá ter sido a última vez em que o talentoso base pisou um campo da NBA.
Depois do susto inicial, os Pacers demonstraram clara superioridade perante os Orlando Magic, onde a ausência de Dwight Howard foi evidente. Ao vencer os 4 jogos seguintes, os Pacers confirmam a sua consistência enquanto grupo e preparam-se para complicar a tarefa aos Heat na segunda eliminatória. Os Pacers são uma equipa em que a grande estrela é o conjunto, que aposta forte na defesa e em que as individualidades acabam por surgir naturalmente. O ferveroso apoio do público de Indianapolis será importante para os Pacers nos desafios em casa, contudo, para seguir em frente, os homens de Frank Vogel terão de ganhar pelo menos um jogo em Miami.
O favoritismo pende para os lados de Miami, numa eliminatória que se prevê extremamente competitiva.
Por fim, há que deixar uma palavra elogiosa para os jovens Bulls, sobretudo para o seu treinador Tom Thibodeau. Sem contar com os lesionados Derrick Rose e Joakim Noah e com Carlos Boozer em dia não, Thibodeau não olhou a nomes e apostou tudo nos seus jovens, na sua energia e na sua capacidade defensiva e de ressalto (nomeadamente Omer Asik e Taj Gibson). O final do jogo acaba por ser trágico para os Bulls e resultado da sua inexperiência a este nível. Asik será recriminado por falhar dois lances livres nos instantes finais e C.J. Watson por lhe ter dado a bola, quando poderia ter tentado fazer o relógio andar, no entanto, apenas tenho a dizer o seguinte: Sem eles e sem a sua intensidade de jogo, os Bulls provavelmente nem teriam discutido o jogo até aos últimos segundos.
