A equipa do Eléctrico de Ponte de Sôr vai, pela primeira vez na sua historia, disputar as meias finais da Proliga, muito por culpa do seu treinador Andry Melnychuk.
Mas o adversário das meias-finais é a equipa do Penafiel. Vencedora da fase regular, a equipa orientada por Valentin Melnychuk vai tentar confirmar o favoritismo que lhe é atribuído e passar à final da Proliga.
Será uma meia-final extremamente interessante, não só por estar em causa o apuramento para a final da Proliga e consequente direito de subida à LPB, mas ainda por colocar frente a frente o filho e o pai Melnychuk.
Antes do início desta eliminatória, fomos falar com o filho Andry Melnychuk, para sabemos mais sobre o projecto que vive em Ponte de Sôr.
Pela primeira vez na sua história, o Eléctrico chega a esta fase da competição. Qual é a sensação e quais são as vossas expectativas?
É uma sensação mista. Em primeiro lugar, estou muito contente e orgulhoso com o projecto. Mas por outro lado demos um salto demasiado grande e não sei até que ponto, será possível repeti-lo na próxima época.
A equipa treina em Ponte de Sôr e em Lisboa. Este sacrifício é bem aceite pelos atletas?
Sim. Eles no início já sabiam como seria e aceitaram. Mas uma coisa é saber como vai ser e outra coisa é fazer e cumprir, já que acumulamos muito cansaço.
Foi opção sua ou do clube jogar sem estrangeiros nesta época?
A ideia foi minha, pois no ano passado contratámos um atleta norte-americano que não se adaptou às viagens para Lisboa. Numa das viagens, a nossa carrinha avariou e ficamos cerca de 4 horas à espera de assistência. A temperatura exterior estava próxima dos 0º, o que tornou a situação ainda mais desagradável. No dia seguinte e a partir daí, ele recusou-se a viajar para os treinos na capital.
Quem é o principal patrocinador da equipa?
É a Câmara Municipal de Ponte de Sôr. Alem do basquetebol eles apoiam ainda o futebol, a natação, o andebol, danças, entre outras modalidades. E com este apoio vamos procurar fazer uma equipa ainda mais profissional.
O que significa “mais profissional”?
Significa que vamos procurar estrangeiros e principalmente portugueses para viver e treinar em Ponte de Sôr durante toda a época desportiva.
Nas meias-finais vai medir forças contra o seu pai, um dos treinadores que mais êxitos trouxe, nos últimos anos, ao basquetebol português. Como se sente fora das quatro linhas, antes deste "duelo"?
Não gosto de jogar contra o meu pai. No primeiro jogo deste ano senti-me mal. No segundo já me senti melhor. Toda a minha vida, os êxitos do meu pai foram meus êxitos também. Tal como os meus êxitos foram êxitos dele. É óbvio que depois do jogo do próximo sábado, um de nós vai ficar triste e o outro contente. É por esta razão que não gosto de o defrontar. Mas por outro lado, todos estes sentimentos desaparecem após o primeiro sinal do árbitro e a minha concentração fica exclusivamente dentro das quatros linhas.
A equipa do Penafiel é favorita para esta eliminatória. Como antevê os próximos embates?
A equipa do Penafiel é mais agressiva, tanto ofensivamente como defensivamente, do que qualquer outro conjunto da Proliga. E joga muito bem em contra-ataque. Se formos capazes de parar os contra-ataques deles e se conseguimos impor o nosso jogo, um jogo de equipa, sem inventar, temos possibilidades de fazer uma surpresa nesta eliminatória.