A decisão de sair da Liga de Clubes de Basquetebol (LCB) acabou por vir dar razão ao Benfica antes do tempo?
O que há a lamentar, na parte que me compete, foi a incapacidade de uma gestão correcta e honesta por parte dos últimos dirigentes que tinham responsabilidade sobre a Liga. Acho que o basquetebol português, enquanto modalidade, não merecia isso. Parece-me que houve uma altura em que quisemos dar um passo maior do que as pernas, e isso acabou por ser fatal. Mas isso é cíclico. Já no passado isso aconteceu. Agora só espero que voltem a existir condições para termos novamente uma Liga profissional.
Nova Liga, novo ciclo?
A experiência da Proliga trouxe-nos muitos ensinamentos e acabámos por encontrar um basquetebol que, ao contrário do que se poderia pensar, não era mais fraco. Não é por acaso que acabou por ser uma surpresa geral nos jogos da Taça de Portugal quando as equipas da Liga se cruzaram com as da Proliga. O Guimarães acabou por vencer e apareceram muitos jogadores portugueses a praticar um basquetebol de boa qualidade. Apesar de muitas equipas terem orçamentos mais baixos. É evidente que é muito difícil para essas equipas aspirarem a títulos colectivos, mas podem formar-se equipas muito competitivas a baterem o pé aos mais fortes.
Fale-nos dos reforços já contratados?
Nós procurámos contratar bem e de forma adequada ao orçamento. Mas procuramos sempre carácter e esses jogadores dão-nos essa garantia, não só pelo que fizeram na época passada mas pelo que já conhecemos deles.
Leia, na íntegra, a entrevista a Henrique Vieira na próxima edição do jornal “O Benfica”
Comentar