Don´t cry for me, Jordânia!
 
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Don´t cry for me, Jordânia!

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altA Jordânia vai, pela primeira vez na sua história, estar presente na fase final de um Campeonato do Mundo.

Motivo de enorme orgulho no país asiático, mas não só ou não fosse a selecção Jordana liderada pela mais famosa dupla do basquetebol português, os treinadores Mário Palma e Mário Gomes.

No entanto, a escassos meses do início da prova, toda a conjuntura em torno do basquetebol Jordano está em crise, o que afecta em muito a preparação da equipa nacional. De facto, após garantido o apuramento para o mundial no final do verão passado, a crise apoderou-se do basquetebol na Jordânia. E nem se trata de uma crise financeira, mas sim de uma crise politica.

Comecemos por partes. Neste momento não existe na Jordânia uma Direcção na Federação de Basquetebol. Existe sim um “Comité”, ao qual foi atribuída uma dupla missão: garantir condições de preparação à selecção nacional e organizar eleições. Este “Comité” foi nomeado em meados de Março. Desde 13 de Julho de 2009 (data em que o Comité Olímpico destituiu a anterior Direcção da Federação) até esse momento (oito meses!), todo o basquetebol jordano esteve parado e os estágios e torneios de preparação da selecção nacional foram suspensos.

A FIBA foi obrigada a intervir e tentou resolver os problemas políticos, encetando reuniões com Comité Olímpico, mas a situação arrastou-se, a confusão foi sendo cada vez maior e tudo isto levou ao desaparecimento do principal clube do país (Zain), ficando a maioria dos jogadores da selecção sem clube, sem competição e sem salários. 

E com tudo isto sofreu também a selecção nacional. Não houve competição durante toda a época, tendo sido organizada uma “Liga” que durou apenas duas semanas, na qual o Zain já não participou. A maioria dos jogadores da Jordânia não têm jogos oficiais há quase um ano e as suas condições de treino durante a época não foram as melhores. Sem competir durante tanto tempo, a questão que se coloca é de que forma se poderá recuperar o atraso na preparação do conjunto que vai representar o país este verão na Turquia.

Toda esta instabilidade organizativa à volta da selecção fez com que os dois Mários permanecessem em Amman sem poder trabalhar até 29 de Março (data em que a selecção voltou aos treinos). Posterirmente, foram forçados a interromper a preparação mais tempo que o previsto durante este mês de Maio, em virtude de a Jordânia ter desistido da participação no campeonato árabe. Tanto Mário Palma como Mário Gomes acreditam que a preparação da selecção já não será mais afectada, mas todos os problemas pelos quais passaram levam a que a sua continuidade à frente da Jordânia após o Mundial seja impossível.

Este Campeonato do Mundo vai ser o culminar de mais uma página de ouro nos currículos de ambos, bem como do basquetebol da Jordânia. Na Turquia, a Jordânia estará englobada no grupo A juntamente com as selecções de Angola (sem seleccionador ainda definido), Alemanha (sem Nowitzki), Argentina, Austrália e Sérvia. O grupo é difícil, mas num Campeonato do Mundo não existem adversários fáceis. A dupla portuguesa não teme qualquer dos adversários que terá pela frente, sendo que a própria presença na competição é só por si um feito histórico. E o que vier além disso será sempre um bónus.

Após o Campeonato do Mundo, o futuro de ambos é ainda incerto. Propostas existem sempre. Nunca se sabe, até pode ser que tenhamos um deles ou mesmo os dois, de regresso a Portugal na próxima temporada. Neste momento, a única certeza é que a Jordânia não fará parte do futuro próximo dos dois técnicos portugueses.

Todo este cenário de instabilidade no basquetebol da Jordânia é completamente incompreensível. Como é possível que um feito como um apuramento para um Campeonato de Mundo (de uma equipa que nunca andou nestas lides), em vez de trazer ambição, popularidade, fama e chama ao basquetebol do país traz sim crises políticas, inveja e confusão. É um crime contra o basquetebol. É um crime contra os jogadores e treinadores que trabalharam imenso para conseguir essa classificação. É um crime contra a própria presença e credibilidade da sua equipa, sobretudo pela (des)organização da preparação. 

Mário Palma e Mário Gomes tirarão certamente o máximo da sua equipa, apesar da preparação limitada do conjunto para um certame desta dimensão e desejamos-lhes toda a sorte na Turquia! Até lá e se Luís Magalhães não assumir o comando da selecção angolana, os únicos representantes do basquetebol português no Campeonato do Mundo serão mesmo os Mários e muito possivelmente Fernando Rocha, um dos nossos árbitros de topo.

 

 


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