Onde está o campeão?
 
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Onde está o campeão?

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Onde está o campeão?Onde está o campeão ou a discussão errada é a reflexão que proponho esta semana. Não são apenas os problemas das inscrições, da arbitragem e da comunicação social mencionados,

no meu artigo anterior que são recorrentes no universo do basquetebol nacional. O João Ribeiro, no seu artigo, também levanta uma questão recorrente na modalidade. O que é que queremos com as competições para os mais jovens?

Também aqui as opiniões dividem-se e são recorrentes. Muitos quilómetros e anos a percorrer o país, muitas conversas com intervenientes diversos, muitas horas de troca de opiniões e reflexão, permitem-me dizer, que salvo melhor opinião, quando discutimos as competições dos mais jovens estamos a ter a discussão errada.

Na base destas prolongadas discussões o problema é sempre o mesmo. O que está a ser discutido é como é que conseguimos encontrar o campeão nacional de Sub-14, Sub-16, Sub-18 e Sub-20 nos masculinos e Sub-14, Sub-16 e Sub-19 nos femininos. Há quem também, já defenda, como sendo a grande solução do basquetebol a existência de um campeonato nacional para o último escalão do minibásquete os Mini -12.

A discussão centrada na preocupação de como encontramos o campeão nacional provoca uma grande divisão entre as associações de maior e de menor dimensão. Por um lado temos as associações maiores a dizer que não tem tempo, nem espaço para encontrar os seus clubes que irão representar as suas associações nas provas nacionais e que ficam de fora destas competições clubes mais fortes do que clubes das outras associações que tem acesso às provas nacionais. A este argumento acrescentam o argumento de as provas nacionais, como o campeonato nacional de Sub-14 ter custos de deslocações muito elevados, para realizarem jogos muito desequilibrados. Por outro lado temos as associações menores a argumentar que tem o direito de disputar os campeonatos nacionais e só se tiverem oportunidade de jogar com os mais fortes é que poderão evoluir, e que o campeonato só terá uma verdadeira dimensão nacional se envolver todas as associações.

Não sou contra pensarmos na forma de encontrarmos um campeão nacional, mas penso que nomeadamente no escalão de Sub-14, que ainda é como os números indicam um escalão de captação, estamos a centrar-nos na preocupação errada.

Embora, felizmente, se verifique uma gradual aproximação do número de praticantes de Mini-12 aos Sub-14, este continua a ser o escalão com mais praticantes nos escalões da formação, o que significa que muitos dos nossos praticantes, ainda chegam à modalidade sem nenhuma prática de jogo, aos 13 e 14 anos.

O que faz evoluir um praticante são os jogos, os treinos e a prática informal. Antes de pensarmos como encontrar o campeão temos de pensar como seremos capazes, que um praticante de Sub-14, quer tenha nascido na Guarda ou em Lisboa chegue ao fim da época e tenha realizado no mínimo os 20 a 25 jogos, que fala o João Ribeiro. Depois de conseguirmos solucionar este problema, que passa evidentemente entre outras medidas, pela reorganização geográfica e administrativa do basquetebol, então poderemos pensar como vamos encontrar o campeão.

Por um lado nos cursos e acções de formação defendemos, que os treinadores das equipas de Sub-14 devem centrar-se mais no desenvolvimento dos praticantes e menos no resultado, mas por outro lado, ao centrarmo-nos no caminho de como encontramos o campeão, damos um claro sinal aos treinadores de formação, que isso é o mais importante. Para terminar relembro uma frase de quem deu e continua a dar grandes contributos para a reflexão da nossa modalidade, como o professor Jorge Araújo: “Ao abordar o basquetebol nas idades mais jovens, não devemos ter demasiada pressa, na obtenção do resultado final ou do mergulho extemporâneo numa realidade competitiva idêntica à do adulto e onde o que conta é ganhar, quantas vezes a que preço for.”

 

Comentários 

 
+1 #4 Humberto Gomes 06-03-2014 13:09
Caro San Payo-
É realmente verdade, a nível de clubes tal não acontece. As minhas desculpas por não ter sido suficientemente claro na referência.Acontece, isso sim, na disputa entre regiões autónomas.A Andaluzia, aqui bem perto, tem marcado presença de relevo.

Aquele abraço.
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+3 #3 San Payo 06-03-2014 10:30
Caro Humberto

Obrigado pelo teu comentário, mas cuidado com a informação que dás relativamente a Espanha. Tanto quanto sei e corrijam-me se estou incorrecto, em Espanha a nível de clubes não há campeonatos nacionais nem para SUB- 10 nem para SUB-12, a primeira prova a nível nacional para os escalões mais jovens é o Campeonato de Espanha de Minibasquete, que é um evento para as selecções das federações autonómicas a nível masculino e feminino.

Um abraço
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0 #2 Humberto Gomes 05-03-2014 21:57
Meu caro San Payo,

Mai uma clarividente reflexão.
Deixa-me, no entanto, por considerar oportuno, expressar a opinião de que o problema maior não residirá no apuramento do campeão nacional.Bastará "aferir o pulso" ao que se passa na nossa vizinha Espanha" onde, recorde-se, se apuram campeões nacionais, nos sectores masculinos e femininos, até em sub-10 !!!
A chave do (in) sucesso no processo ensino-aprendizagem residirá muito mais na nossa (in)capacidade de sermos (ou não) capazes de estruturar os conteúdos adequados aos respectivos escalões.
Se a questão fosse de dimensão política,ao nível do nosso parlamento, haveria o recurso à constituição de uma comissão para "tratar do assunto". Como não é o caso, vai ficando à consciência de cada um. Sabendo-se que a consciência é o juiz dos nossos actos ... apenas acrescentamos : mas e onde estão as referências, quem ilumina o caminho das trevas...?
Aquele abraço.
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+2 #1 Ana Pinto 05-03-2014 15:15
Mais um excelente artigo San Payo!
A realidade de uma criança de Lisboa não é igual à realidade de uma criança de Évora.
Infelizmente com a acumulação de tantos cargos, sejam no CNMB, sejam na AB Alentejo, venho a constatar que existem poucas pessoas preocupadas com esta temática que o San Payo aborda!
A triste realidade é que as pessoas não estão no basket pela alegria e prazer que transmite, mas sim para "enganar" ou "fazer mal" ao próximo porque sentem inveja ou ciúme da progressão de um determinado individuo na modalidade.
Eu sinto-me uma privilegiada por não necessitar do basket para comer, mas sim para me tornar numa pessoa melhor e mais humana.
Beijinhos
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