Philadelphia mostrou-se disposta a acolher de braços abertos o regresso de Allen Iverson que este conhece muito bem.
Foi líder da equipa durante uma década, levando a mesma aos seus êxitos mais recentes, entre os quais se destacam a ida à final da NBA em 2001 contra os Los Angeles Lakers.
As vantagens desta decisão? Iverson continua a ser um bom marcador, apresentou médias de 17,5 pontos por jogo por Detroit, é, discutivelmente, um futuro Hall of Fame, continua a desfrutar de muito carisma entre as hostes de Philadelphia, o que irá contribuir para trazer mais publico ao pavilhão e o seu custo foi barato; 2 milhões de dólares por um ano de contrato de um jogador 10 vezes All Star, 2 vezes MVP do All Star Game, 7 vezes jogador da primeira equipa NBA do ano, líder dos marcadores da NBA por 4 vezes e antigo rookie do ano da NBA é efectivamente barato.
Os contras? Iverson descoordena o ritmo do jogo ofensivo de uma equipa, devido ao seu estilo de 1 contra 1 durante largos períodos de tempo de jogo. É um jogador conhecido por perturbar os treinadores com quem trabalha – quem não se lembra das inumeras discussões com Larry Brown e a célebre entrevista onde Iverson repetiu a palavra “treino” por 20 vezes? – além da sua reputação de falta de conduta profissional, ao exagerar nos festejos fora de campo, especialmente com os jogadores mais jovens.
Ninguém duvida do talento, das capacidades físicas e da atitude deste jogador que já proporcionou grandes momentos aos fãs do basquetebol. Todos ficamos orgulhosos em ver um jogador de 1 metro e 80 a desafiar os gigantes da melhor liga do mundo. Mas aos 34 anos, a explosividade já não é o que era e o killer crossover não é tão eficaz face a bases mais jovens e mais rápidos. Com o passar dos anos, os jogadores devem perceber que eles próprios têm de se adaptar ao que o jogo oferece. Portanto, Iverson para voltar ao patamar de grandeza que nos habituou, ele próprio tem de se adaptar ao jogo. Em vez de apostar constantemente no 1 para 1 e no 1 para 2 e assumir um lançamento de baixa eficiência, circular mais a bola deveria ser uma opção a considerar, bem como envolver mais os companheiros de equipa e ser um mentor para os mais novos, ajudando-os na sua evolução.
Até ver a carreira de Iverson conheceu 2 actos. Grandeza em Philadelphia e um decréscimo gradual em Denver, Detroit e Memphis com a sua recusa em ter um papel secundário, por ainda considerar que é um jogador de eleição. Nova passagem por Philadelphia será o terceiro acto da sua carreira, veremos se ainda tem estofo para liderar uma equipa, quer seja pelo assumir de todo o jogo ofensivo, quer seja por ajudar os companheiros, qualquer que seja o papel que desempenhe. Ou então veremos se a cortina final deste brilhante jogador será um entretenimento para vender bilhetes.
No entanto, independentemente dos resultados desta nova etapa, quando Iverson se retirar, todos os amantes da modalidade lhe devem gratidão por tantos bons momentos de basquetebol.