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João RibeiroNa continuidade do artigo anterior, alertei para o contributo que alguns períodos da história do Basquetebol em Portugal poderão dar à reflexão sobre a forma como,

mesmo em tempo de crise, nos podemos alinhar e criar oportunidades de desenvolvimento e crescimento da modalidade. A fundamentação do meu ponto de vista encontra alento no conteúdo da intervenção do amigo e companheiro Paulo Neta no Match Up de Coimbra, quando diz que é evidente, na elaboração de competições desportivas supostamente aliciantes, a incompatibilidade entre aspectos de ordem geográfica e de natureza desportiva.

Recorrendo a dados históricos relativos ao Basquetebol, foram várias as vezes que li e reli o conteúdo do livro Uma Historia do Desporto em Portugal, particularmente no capítulo destinado à história do Basquetebol em Portugal, escrito por Raquel Carvalheira. A determinada altura do referido capítulo, surge uma referência à década de 40 do século passado, período em que a organização desportiva é uniformizada, impondo que o conjunto de clubes formasse associações e estas a respectiva federação por modalidade. Emergia desta forma um modelo aproximado ao que actualmente vigora, isto é, associado à organização territorial do país em distritos e centralizando nas capitais de distrito a liderança associativa.

Este modelo, assente no conceito de distrito, destinava-se a aumentar o controlo do país por parte da política ditatorial de então, tendo tido um forte impacto no Basquetebol diminuindo a vitalidade da prática do Basquetebol em muitas associações concelhias de clubes. Mesmo assim, até há bem pouco tempo era visível força e representatividade nalgumas zonas em que outrora houve dinâmica concelhia quanto ao fomento do Basquetebol. Como são exemplos a Figueira da Foz, através dos seus clubes de maior relevo – Ginásio Clube Figueirense, Sporting Figueirense, Naval 1º de Maio e mais recentemente o Clube Caras Direitas e o Buarcos; e o Barreiro, em tempos representado ao nível concelhio por cerca de 6 clubes e, mais tarde alcançando relevo a nível nacional através do F.C. Barreirense, Luso, Galitos e CUF (posteriormente Quimigal e GD Fabril). Com base nestes exemplos, não deixa de ser um exercício de analogia curioso olharmos os actuais regulamentos de provas e verificamos que o mínimo de equipas para realizar uma prova distrital dos escalões de formação, com posterior direito a representação em provas nacionais, é de 4!

Com estes exemplos pretendo ilustrar que um dos aspectos que poderá contribuir para o alinhamento de muitas frentes em torno de um Basquetebol diferente, poderá passar pelo estudo do território nacional, a dinamização de associações desportivas de âmbito concelhio e uma canalização de recursos mínimos para que a base de praticantes cresça de forma sustentável. Se pensarmos nalguns dos princípios defendidos pela estrutura nacional do Desporto Escolar, poderemos encontrar o incentivo (teórico) à criação de associações desportivas de proximidade geográfica. Se for possível estudar o modelo de desenvolvimento de projectos escolares tais como o da Escola Alberta Meneres e os projectos anteriores construídos na mesma lógica (por exemplo a ADE Sintra), talvez possamos encontrar vias para, em zonas mais afastadas dos grandes centros, se desenvolver a prática do Basquetebol. Fica o apelo ao estudo e ao levantamento de informações e contributos importantes deste âmbito, mesmo além-fronteiras. Nunca se saberá se, nós portugueses, não encontramos um modelo original que conjugue a ligação do desporto ao contexto escolar defendido nos Estados Unidos e Canadá com a criação de Associações/Federações Regionais com autonomia, dentro do que é a realidade Espanhola. Certo é que, a realidade de zonas tão distantes dos centros urbanos, como seja Bragança, não tem de ser pressupor modelos de desenvolvimento e crescimento do Basquetebol idênticos aos preconizados para regiões tais como Aveiro, Porto ou Lisboa.

 

Comentários 

 
+4 #1 San Payo Araújo 09-01-2013 18:43
Caro João

Obrigado pelas tuas pertinentes reflexões. Reflectir sobre temas como a reorganização geográfica e administrativa do basquetebol é pensar em aspectos verdadeiramente estruturantes do basquetebol é falar sobre as fundações dum edifício, não é abordar questões que podem dar melhor aspecto ao edifício mas que não alteram nada de essencial.
Também representa sairmos da área de conforto para muita gente. Faço a mesma pergunta que fiz relativamente à melhoria da LPB sugerida pelo José Violante. Será que temos coragem?
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