Porque sem mais desenvolvimentos para uma análise mais aprofundada de "Que esperar dos DT Regionais" - iremos continuar a aguardar -, debrucemo-nos hoje sobre o tema "Pertencer a uma Equipa", que constituiu a nossa "bússola" durante décadas.
Realmente, enquanto "bússola", "Pertencer a uma Equipa", ensinou-nos a crescer e a desenvolver uma pedagogia muito ao nosso gosto e dos jogadores - quase todos - com quem tivemos o grato prazer de trabalhar.
Fomos percebendo e transmitindo, ao longo do caminho que íamos percorrendo, que quando um atleta ou a equipa perde, isso não significa, necessariamente, uma ameaça ao seu valor pessoal ou que ele merecesse menor consideração e atenção do que se tivesse ganho.
A agulha da "bússola", reconhecemos hoje ainda mais convictamente, foi-nos norteando que o sucesso se relaciona com o esforço desenvolvido e deve ser interpretado, acima de tudo, como orgulho em cada um fazer o seu melhor, como satisfação por realizar uma determinada tarefa, por ter melhorado e progredido.
E para validar a nossa forma de ser, de saber e de interagir com os outros tivemos a felicidade de, iluminados pela nossa "bússola", encontrar dois farois bem acesos : 1 - "Os praticantes podem ter controlo sobre a quantidade de esforço que realizam e sobre o empenho que põem na sua participação, mas o seu controlo sobre o resultado de uma competição é limitado", de prof. Olímpio Coelho e 2 - "Eu dizia aos meus jogadores, antes de entrarmos em campo, que quando o jogo terminasse queria ver as suas cabeças levantadas e que a única maneira de conseguir isso era saberem que fizeram o seu melhor, que deram o seu melhor esforço", de mestre John Wooden.
E para corresponder à linha de orientação da nossa "bússola" e, mais tarde, dos dois faróis bem acesos, o que fomos desenvolvendo e esperando dos jogadores, para pertencerem a uma - à nossa - Equipa?
- Capacidade para aprender, pois não basta ter talento, é preciso estar disponível para melhorar, melhorar sempre.
- Persistência perante os erros e falhas, com motivação forte para progredir e ajudar a equipa a lutar pelos seus objetivos. Os erros e falhas fazem parte do processo ensino/aprendizagem.
- Intensidade, concentração constante e entender claramente que se irá jogar como se treinar.
- Não ser egoísta. Sem esquecer a sua individualidade e a necessidade de se afirmar, quando esta assim o exija, e estar sempre pronto para aceitar e lutar pelo interesse coletivo.
- Ser disciplinado, não temer a pressão da competição e as exigências que eventualmente venham a incidir sobre si, no sentido de ser ele a decidir no momento próprio.
- Ser ambicioso, demonstrando quer a treinar quer a jogar, não se acomodando e ajudando a criar um clima de superação constante.
Curiosamente, ou talvez não, para selar o contrato do nosso modesto contributo, quer a "bússola" quer os dois faróis possibilitaram a abençoada colheita de um milenar pensamento chinês : "Podemos escolher o que semear, mas iremos certamente colher o que plantarmos".
Marcamos de novo encontro para 14 de Maio, com a abordagem do tema : A "treta" do modelo de jogo.
Até lá, e bom Basket