A visibilidade duma modalidade não se mede apenas no número de espectadores, maior ou menor, que assiste aos jogos desportivos. Há muitos outros factores.
Visibilidade e assistências não são a mesma coisa. Ninguém tem dúvidas que o futebol é a modalidade com mais visibilidade em Portugal, contudo quantos e quantos jogos da primeira liga de futebol tem os estádios praticamente vazios, excepto quando se trata do Benfica, Porto ou Sporting.
Na senda das actividades realizadas nesta última década e meia no minibásquete, houve transformações que produziram dados quantificáveis, a par de alterações que não são visíveis e algumas delas são mesmo intangíveis. No entanto, quantitativas ou intangíveis o que não tenho dúvidas absolutamente nenhumas é que desde o final da década de 60 e a década de 70 dos século passado, nunca se falou e debateu tanto o minibásquete como actualmente.
Concordando ou discordando com o que foi sendo feito, o minibásquete passou a ter muito mais clinics, passou a ter mais gente preocupada em manifestar-se, passou a ter pessoas interessadas em saber como estava organizado noutros países, passou a estar na ordem do dia. Para bem da modalidade o minibásquete passou a ser um tema sobre o qual muitas pessoas falam, discutem ou reflectem.
Se o ressurgimento do CNMB em 2000, não tivesse tido mais vantagens, teve pelo menos este grande mérito de colocar o minibásquete na agenda da modalidade, onde espero que continue por muito tempo, pois é certamente uma forma procurar e encontrar soluções.
Nesta perspectiva e para ser justo tenho de elogiar as orientações editoriais do Planeta Basket, que muito tem contribuído através de múltiplos artigos e comentários dos seus leitores para a sua reflexão. Esperemos que mais pessoas se manifestem e que esta chama continue acesa durante muito tempo.
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Um abraço