Na sequência da morte subida do atleta Kevin Widemond, o clube de Ovar juntou-se a Sérgio Ramos, basquetebolista do Benfica, na pretensão de recolher as 4 mil assinaturas necessárias para levar o assunto a discussão na Assembleia da República.
Na conferência de imprensa que lançou a iniciativa, o presidente da Ovarense, Pedro Braga da Cruz, explicou as motivações: "Ficámos muito chocados com a morte do Kevin e quisemos fazer algo mais do que lamentar" disse.
"Trata-se de um acto de cidadania, fruto de um conjunto de vontades, que pretende ser algo que ajude outros nas mesmas circunstâncias", acrescentou o dirigente, que frisou que esta causa tem recebido muita solidariedade.
O atleta encarnado reclamou que "as leis devem ser alteradas" e que esta não é uma causa exclusiva do basquetebol, nem do desporto", já que aparelhos como este podem fazer a diferença em situações de crise cardiovascular.
"Já não é o primeiro caso que vivemos de morte num pavilhão, pois noutras circunstância perdemos o nosso colega Paulo Pinto", disse, concluindo: "Sentimos que o mínimo obrigatório, que actualmente é a existência de uma maca, não é suficiente".
De acordo com informações disponibilizadas no evento, o custo de um desfibrilador ronda os 1.500 euros e os cursos para operar este aparelho são simples, de curta duração e promovidos pelo Instituto de Emergência Médica.
A iniciativa contou ainda com a presença dos basquetebolistas João Santos (Benfica), Jaime Silva e Fernando Neves (Vitória de Guimarães), Pedro Nuno (Vagos), Fernando Sousa (Académica) e Carlos Andrade e Jorge Coelho (FC Porto).
No final da conferência de imprensa, a petição foi disponibilizada on-line no sítio www.peticaopublica.com e assinada a título simbólico pelos atletas e dirigentes presentes.