Ao terceiro dia da Festa Nacional do Minibasquete, reuniram-se as estrelas para engrandecer ainda mais este evento. Primeiro o jogo das estrelas (All Star), onde se reuniram as escolhas  dos treinadores, as escolhas da fita métrica (os e as mais altas) e as escolhas da organização.

Dirigidas as equipas pelos treinadores votados pelos seus companheiros, foi possível juntar em quatro campos treinadores de referência neste evento, pelo seu exemplo e competência ajuizada pelos seus companheiros, os e as atletas mais altas e os supostamente mais aptos atualmente.

Mas o All Star deu-nos mais coisas, deu-nos mais sinais que deveremos analisar e refletir sobre a sua pertinência para o futuro do Basquetebol.

O que nos mostrou o Jogo das estrelas?

Possibilitou juntar 24 rapazes e 24 raparigas, mais altos, relativamente à média de alturas dos participantes nesta festa. Expectativas? Sim, questionámo-nos sobre como jogam juntos, sem que alguém, supostamente mais habilidoso e apto para jogar os conduza no jogo?

Possibilitou ainda que os 24 rapazes e 24 raparigas mais aptos, escolhidos pelos treinadores e organização, nos mostrassem como conhecem, interpretam e decidem em jogo. Como lideram, como gerem o facto de não haver espaço para que assumam todas as iniciativas do jogo?

E por último possibilitou observar o quanto se divertem estas crianças em jogo, bem como se as emoções e comportamentos se alteram num grupo que joga o mesmo jogo mas sem a química existente no seu grupo de origem.

Mas não chega pensar apenas no presente, Que significado poderá ter o que observamos para um futuro próximo de 10 a 12 anos? O jogo das estrelas pode muito bem trazer-nos novos desafios. Em primeiro lugar a oportunidade de observar o jogo que se pratica, as dificuldades e conquistas no que às capacidades coordenativas diz respeito e de que forma as mesmas se traduzem em capacidade para jogar.

Quer o jogo das estrelas em particular, quer a Festa do Nacional do Minibasquete em geral constituem ambientes excecionais para que seja identificada uma base alargada de praticantes que revelem potencial para o Basquetebol e comportamentos que favoreçam o desenvolvimento desse mesmo potencial. Creio porém, que não poderemos ser redutores analisando apenas a riqueza deste jogo pela via do caminho para o rendimento desportivo. A fidelização à modalidade de muitas crianças que passaram, passam e, esperemos, passarão por Paços de Ferreira e participam no All Star, é igualmente um dado a registar e avaliar.

Mas este último dia não ficaria apenas pelo jogo das estrelas. Concursos de lançamento na passada, de drible, de lançamento livre deram ao Pavilhão de Paços de Ferreira uma vivacidade em redor do estado de arte do nosso minibasquete.

No final uma cerimónia de encerramento onde a palavra de ordem foi gratidão. Gratidão ao Presidente da Câmara de Paços de Ferreira por acreditar no valor de um evento desta natureza; gratidão à equipa que tornou este evento uma realidade – Armindo Calção, Mário Batista, San Payo Araújo, Sérgio Rosmaninho, Ana Pinto, Ana Machado, Paulo Neta. Muitos mais pessoas foram determinantes para a Festa do Minibasquete ser um sucesso – dirigentes, funcionários, fisioterapeutas, cozinheiras, etc, etc. Às que, eventualmente não foram mencionadas o nosso agradecimento.

O Basquetebol deverá igualmente ser sensível e grato a Paços de Ferreira. Resultados? Neste momento já não interessam, aparecerão quando tiverem de aparecer, quem sabe numa próxima geração de jogadores internacionais.

Sonhar? Poderemos sonhar com Paços de Ferreira 2019, onde haverá igualmente um jogo das seleções nacionais de sub-18 masculina e feminina, constituída, na totalidade por atletas que passaram por Paços de Ferreira. Nesse momento, creio não haver qualquer hipótese de não nos emocionarmos com os resultados de uma ideia que nasceu num presente a pensar no futuro.

Até 2014 Paços de Ferreira!