Só se sabe aquilo que se vive (I)
 
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Só se sabe aquilo que se vive (I)

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alt(I): Assim mesmo, recomeçar em numeração romana, por se tratar de 'velharias, ainda que, indiscutivelmente (!), correspondam a fazer crescer e desenvolver o futuro. É pelo menos essa a nossa convicção na 'rota' escolhida,

para não nos virmos a constituir nos 'mares' a sulcar em...navegadores sem bússola!

Antes que fique tarde, importará imprimir a este nosso regresso - já com alguma saudade, confessemos, porque com boas recordações e um incontido prazer, resultante do aprender de que cada vez que subimos (!) a esta tribuna -, um ritmo conducente a poder corresponder às naturais expetativas da nossa 'meia dúzia' (bom número, afinal...ainda sobra um do 'cinco inicial') de leitores, que merecerão – I promise! - a nossa melhor consideração.

Ritmo que podendo adquirir várias intensidades, tais como: proporção, energia, grau, força, se caracteriza como sendo de periodicidade e sucessão regular. Assim a modos, e rumando já para 'o terreno', como exemplo meramente aleatório (ainda que contido no 'processo' em que a D.O.E. - Direção e Orientação de Equipa - se deve constituir), de como, depois de primeiro se ensinar e só depois treinar (visando, com objetividade, aplicar no jogo), se introduzir uma defesa zona press, todo o campo, inicialmente formatada em : 1:2:1.1.

Talvez que um pouco 'fora da caixa' - verdade?!...-. Não enjeitaremos aceitar essa estranheza, tal como igualmente, na sequência da transição of/def., na sequência da recuperação defensiva, nos posicionarmos, a meio-campo, numa defesa zonal 1:3:1. Estaremos na disposição de a fazer 'ressuscitar' mais de 30 anos volvidos decorridos de a termos começado a utilizar. 'Só' para aguçar o apetite, deixar a indicação - factual e devidamente comprovada - de que nos serviram de grandes 'ferramentas' para a obtenção de dois títulos de campeão nacional, em dois clubes diferentes - um, da 2ª divisão e outro da 1ª divisão - adquirindo o direito desportivo de subir à Liga Profissional, nessa época criada -. Pouco valerá indicar onde e como, porque importante será serem aplicados os conteúdos e a sua multiplicidade de pormenores, enquanto cúmplices do título: 'Só se sabe aquilo que se vive'.

Correia Mendes (o sábio!)

Foi com este homem - grande companheiro treinador e amigo - que 'bebemos' os melhores ensinamentos que nos possibilitaram utilizar, nas equipas por nós treinadas, os sistemas defensivos acima referidos, que, se e quando solicitados (diz um provérbio popular que: água e conhecimento se dará...), estarão disponibilizados...pró-bono!

Já falecido - que descanse em Paz! -, Alberto Correia Mendes, foi, para nós, mais do que um companheiro, um mestre, autêntico mentor de como estar no jogo, nos objetivos a alcançar, com apenas duas premissas simples: potenciar os nossos recursos e diminuir os do adversário, a melhor forma - os conteúdos fazem parte da D.O.E - de vencer os diálogos: individuais ('mano a mano'...) e coletivos.

Com uma nobreza de carácter e de uma honestidade de 'processos' verdadeiramente incrível, culto, exigente e muito rigoroso nas tarefas a desenvolver, devemos confessar, um pouco em jeito de sincero agradecimento, recordando, tendo presente quanto significou para nós, que foi ele o um dos principais inspiradores para que metêssemos 'mãos à obra' e nos atrevêssemos a ir produzindo o 'ensaio' dos quatro 'C'': Credibilidade, Competência, Coerência, Consciência.

Porque a propósito, recordar que, em certa ocasião, enquanto formadores, enquadrados na formação contínua de treinadores promovida pela Associação da nossa área de intervenção, ao apresentamos, em conjunto, uma proposta de implementação de um sistema defensivo 'HxH todo o campo', com a explanação contida, na globalidade em 21 exercícios, a certo ponto da 'matéria chata...', e porque a 'galhofa' (desatenção...) instalada já era em demasia : um estridente silvo de apito ecoou no pavilhão do Imortal de Albufeira, silêncio sepulcral e..., com 'voz grossa', o mestre - porque sábio ! - Correia Mendes, fez-se ouvir . "Meus amigos, não estou aqui para agradar a ninguém..., porque uma vez quis agradar na vida e... casei". Elucidativo, da têmpera e de como, sem surpresa para ninguém, foi um fazedor de jogadores - verdade Carlos Alemão ?! - e de obter resultados e conquistar campeonatos.

Rebuscámos um pouco, e a pensar (mais) nos mais jovens, importará referir um escrito extraído de 'Index Pré- 1975' e reportado a 1956, e citamos: "O Desportivo ganhou todas as provas oficiais da atual época e alguns torneios particulares. E campeão de Lourenço Marques, em 1ª, 2º e 3ª categorias [sem espantar o nível da prática do jogo] e em Juniores". E um pouco adiante, mais em pormenor: "O Desportivo após um campeonato difícil, porque há 4 equipas de real valor entre as 7, conseguiu conquistar o primeiro lugar com uma derrota apenas, registando a melhor marcação e sofrendo o menor número de pontos, bem merece o título de campeão.

O grande número de jogadores de igual plano que possui, a sábia orientação do seu treinador Correia Mendes e as próprias qualidades individuais dos seus componentes transformaram a equipa do Grupo Desportivo de Lourenço Marques num conjunto de real valor dentro do basquetebol português. E esse valor realça-se mais pelo facto de que, como atrás apontamos, existem outras equipas locais - Ferroviário, Sporting e Malhangalene - que lutaram e bem pela posse do título. Isto confirma que o Desportivo mereceu amplamente o título máximo da modalidade, que aliás já lhe pertencia da época anterior".

A confirmar, quanto, afinal, mestre - porque sábio! - Correia Mendes, emprestou ao mais completo desporto de equipa: o basquetebol! Importará, na circunstância, recordar o nome e os números das camisolas dos jogadores campeões:

3 - Álvaro Santos
4 - Eduardo Branco
5 - Pedro Santos
6 - Hermínio Barreto
8 - Ramito Teixeira
9 - Guilherme Soares
10 - António Marques
11 - Sotero
14 - Jorge Brites
18 - Roberto Ferreira

Carlos Alemão ('mão de ouro')

Noutro sublinhar, ainda relacionado com o contributo de mestre Correia Mendes, quando o referenciámos como 'fazedor de jogadores', fomos ao encontro do 'Bigslam.pt' e de uma entrevista concedida por Carlos Alemão, que pela extraordinária capacidade de lançador era conhecido por 'mão de ouro', extraímos: "Que treinador mais te marcou ao longo da carreira? ", resposta, imediata: "Foi o Alberto Correia Mendes nos Escalões de Formação - infantis e juniores -. Foi meu treinador também nos seniores, tendo sido ele quem me subiu à 1ªcategoria". Por tudo o que vivenciou e o elevado contributo que deu ao basquetebol de Lourenço Marques, Carlos Alemão, mereceu por parte da Associação respetiva, em 1973, a atribuição de 'Sócio de Mérito'.

Manuel Sérgio (...não há desporto, há pessoas que o fazem!)

Neste nosso regresso às lides do Planeta Basket não faria sentido não produzir uma justificada referência ao nosso mentor e grande mestre - porque muito sábio! -, de há quase meio século, que dá pelo nome de Manuel Sérgio, filósofo, docente universitário, escritor, provedor para a Ética no Desporto, quando, numa sua recente ideia-pensamento, nos 'compromete' a : "No Desporto há muitas lições a tirar. Entre elas, esta: no ser humano, o poder radica no ser.

O atleta pode o que é. E o sujeito no desporto é o atleta e toda a sua circunstância. O génio é genético, mas só se desenvolve em condições favoráveis. E, uma questão se impõe: há jogo no desporto atual? É evidente que há. Principalmente no jogador de talento, ou no jogador genial. Quanto mais arte mais jogo, e quanto mais jogo mais arte. porque é aqui que pode brilhar a autonomia do ato criador.

E uma questão ainda: e qual o valor social do desporto? O valor social do desporto reside na ética dos 'agentes do desporto', porque não há desporto, há pessoas que o fazem". Sublime!

Façamo-lo, então, enquanto com dignidade, em respeito para com princípios e valores, em termos éticos, para nos constituirmos, na 'rota' a sulcar os mares desta "civilização das (diversas) desigualdades", em navegadores com... bússola. Única forma - os conteúdos, estarão contidos na D.O.E., no Desporto, e no basquetebol em particular, como na Vida - de sermos capazes de podermos engrossar a partícula da 'gota' do 'Oceano' do...conhecimento!

Regressaremos, a 11 de Abril - 5º feira - com: 'Só se sabe aquilo que se vive', talvez que numa abordagem e balanço do que resultou, em termos técnico-táticos, da 'Festa do Basquetebol', a decorrer em Albufeira, entre 03 e 07 do corrente.

Entretanto, até lá, com os votos de uma Santa e Feliz Páscoa, aquele abraço.

 

 


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