Vale de Cambra, Guifões e Infante de Montemor confirmaram no jogo 2 as vitórias obtidas no 1º encontro, enquanto o Gaia corrigiu a derrota inicial e seguiu em frente na que foi, apesar de tudo, a eliminatória mais equilibrada do Norte. O Vale de Cambra obteve a máxima diferença pontual no conjunto dos dois jogos (42 pontos) mercê do folgado resultado que conseguiu em casa (85-47) sobre o Olivais. O Infante de Montemor terminou com 36 pontos de vantagem sobre o Valença, conseguidos principalmente no 1º jogo, já que em casa e com a eliminatória praticamente resolvida, venceu apenas por 9 pontos (58-49). Também o Guifões venceu em casa (74-71), por uma diferença inferior à que tinha conseguido fora com a Sanjoanense, fechando a eliminatória com 20 pontos de diferença. A única eliminatória que levantava dúvidas quanto ao desfecho era a que opunha o Gaia ao Beira-Mar. Desta vez o Gaia não permitiu a reviravolta que havia dado a vitória ao Beira-Mar nos últimos minutos do 1º encontro e venceu por 14 (68-54), terminando a eliminatória com 11 pontos de vantagem.
A 2ª ronda vai ser certamente diferente. Passaram as 4 equipas que dominaram a fase regular e que se apresentaram no Play-Off na melhor forma desportiva. O Vale de Cambra-Infante de Montemor e o Guifões-Gaia prometem mais equilíbrio, assim as equipas confirmem o desempenho que mostraram até agora.
Na Zona Sul a excepção foi a vitória do Algés sobre o Olhanense. Repetindo a vitória do 1º jogo, agora por 24 pontos (86-62), o Algés confirmou o 1º lugar da fase regular ao ultrapassar o Olhanense por um total de 32 pontos. Nos restantes 3 encontros foram as equipas mais irregulares ao longo da época que se superiorizaram às que se tinham mostrado até agora mais consistentes, e isto fruto de terem conseguido apresentar-se na melhor condição no momento apropriado.
O principal destaque no Sul tem que ser atribuído ao Moscavide. A vitória na eliminatória constava certamente dos objectivos da equipa, mas terminar com 2 vitórias e 37 pontos de vantagem sobre o Imortal não era de todo um resultado previsível. O 2º jogo confirmou o mau momento de forma do Imortal, que até começou bem mas foi desaparecendo ao longo do encontro. Menos concentrado que no 1º jogo, o Moscavide limitou-se a esperar pela quebra física do Imortal para passar para a frente e garantir uma vitória calma (54-66).
Também o Atlético ultrapassou o CA Queluz de forma clara. Embora perdendo o 2º jogo fora, a vitória do Atlético na eliminatória nunca esteve realmente em dúvida. O Atlético manteve-se à frente desde o início e terminou a 1ª parte a vencer (29-38) fazendo valer a sua experiência e controlo do jogo. Pelo seu lado o Queluz jogou sempre a velocidade elevada embora nem sempre de uma forma clarividente, mas nunca desistiu de procurar o melhor resultado. O empenhamento no jogo até ao fim acabou por dar ao Queluz o prémio de consolação da vitória no encontro. No final do 3º período conseguiu aproximar-se a 2 pontos (45-47), e nos últimos minutos conseguiu passar para a frente vencendo por (68-66). Com este resultado, a eliminatória saldou-se por uma diferença de 12 pontos para o Atlético.
Emoção até ao fim aconteceu no Montijo-Micaelense. Logo de início a equipa açoriana tratou de deixar claro que não aceitava o favoritismo dos da casa e chegou rapidamente a 10 pontos de vantagem (3-11). O Montijo pareceu surpreendido pelo atrevimento dos visitantes em entrar a ganhar, e raramente conseguiu impor a sua movimentação atacante feita de penetrações seguidas de colocação da bola num jogador livre, para nova penetração ou lançamento. Após o rompante inicial do Micaelense, o Montijo repôs o equilíbrio terminando o 1º período apenas a 2 pontos (15-17) e o 2º período na frente (28-25). No 3º período o Micaelense voltou novamente determinado a discutir a eliminatória, muito à custa de uma defesa que encontrou frequentes vezes a solução para parar os movimentos do Montijo paralisando-lhe a dinâmica habitual, e voltou a colocar a eliminatória empatada (35-35). Mas foi no início do 4º período que o Micaelense conquistou a vantagem decisiva. O Montijo não se entendeu com a defesa zona montada pela equipa de Ponta Delgada, e em 7 minutos não conseguiu mais de 1 ponto, contra os 11 dos visitantes. A perder por 10 pontos a 3 minutos do fim o Montijo colocou em campo todas as armas possíveis para salvar o jogo e a eliminatória. Apostou em ataques rápidos, recuperou para 5 pontos de diferença a 1 minuto do fim (44-49) e passou a parar sistematicamente o jogo com recurso a faltas. O Micaelense teve momentos de alguma perturbação mas os seus jogadores mais experientes retomaram o controlo e pararam a recuperação do Montijo. Nas últimas posses de bola o Montijo escolheu mal o receptor da falta, ou visto de outra perspectiva, o Micaelense escolheu bem o receptor do primeiro passe na reposição da bola. O facto é que, após ter falhado alguns dos lances livres, o Micaelense converteu os 4 últimos e acabou com as hipóteses do Montijo. A vitória do Micaelense (51-56), após o empate em Ponta Delgada, dá-lhe a passagem à fase seguinte por 5 pontos de diferença e mostrou uma capacidade em ganhar fora de casa que não se tinha visto na 1ª fase.
A 2ª eliminatória da Zona Sul promete disputas interessantes. Atlético-Micaelense será um confronto entre duas equipas meio escondidas durante a época, e que agora se apresentam num bom momento de forma. Algés-Moscavide será uma disputa com mais contrastes, entre um Algés muito mais consistente durante a época e um Moscavide que terá a oportunidade para desmentir a irregularidade que antes o caracterizou, e confirmar as indicações positivas deixadas na 1ª eliminatória.
Os primeiros jogos da 2ª eliminatória disputam-se em:
Zona Norte
Dia 1 de Maio
Gaia-Guifões às 21.00h no Pav. do Gaia
Dia 2 de Maio
Infante de Montemor-Vale de Cambra às 18.30h no Pav. Mun. de Montemor-o-Velho
Zona Sul
Dia 2 de Maio
Micaelense-Atlético às 15.00h na EBI Canto da Maia
Moscavide-Algés às 18.00h no Pav. do Moscavide
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