Cometendo menos erros que o adversário, AD Vagos iniciou da melhor maneira a final do play-off da Liga Feminina.
O excessivo número de turnovers cometido pelas campeãs nacionais (20 no total, o dobro das vaguenses) acabou por ser decisivo na derrota do Olivais, que deste modo não aproveitou a superioridade nas tabelas (28-34 ressaltos).
As anfitriãs estiveram sempre no comando e no 1º período a vantagem já era de 8 pontos (24-16). O sinal mais pertencia às comandadas de Nuno Ferreira que chegaram a ter 16 pontos à maior, mas as olivanenses reagiram no 2º quarto (18-18), equilibrando as operações. Ao intervalo era ainda a equipa da casa que se mantinha na frente (42-34).
No reatamento as campeãs nacionais empertigaram-se e tiveram uma boa reacção, reduzindo o prejuízo para 1 ponto apenas, mas no final do 3º período (55-50) ainda era o Vagos que liderava. No derradeiro quarto (18-8) o colectivo de Nuno Ferreira impôs-se com naturalidade, desfazendo as dúvidas que porventura ainda pudessem existir e carimbando uma vitória justa (73-58).
Destaque nas vencedoras para a poste Clarissa Santos, MVP da partidacom mais um duplo-duplo, ao contabilizar 25 pontos, 10 ressaltos sendo 2 ofensivos, 4 roubos, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas, bem acompanhada por Mariana Alves (6 pontos, 7 ressaltos sendo 3 ofensivos, 4 assistências, 3 roubos e 3 faltas provocadas), Joana Lopes (14 pontos, 1 triplo, 6 ressaltos sendo 1 ofensivo, 4 assistências, 1 roubo e 5 faltas provocadas) e Raquel Soares (12 pontos, 2/3 nos triplos, 5/6 nos lançamentos de campo, 5 assistências e 2 roubos).
Na equipa de José Araújo a mais valiosa (teve a mesma valorização da MVP) foi Danyel Crutcher, também com um duplo-duplo (20 pontos, 8/10 nos duplos, 1/2 nos triplos, 11 ressaltos sendo 2 ofensivos, 3 assistências, 1 roubo e 4 faltas provocadas), bem secundada por Jhasmin Player (18 pontos, 1 triplo, 8 ressaltos sendo 1 ofensivo, 7 assistências, 2 roubos e 10 faltas provocadas com 5/6 nos lances livres) e Ana Fonseca (10 pontos, 2/5 nos triplos, 6 ressaltos, uma assistência e 1 roubo).
Em termos globais, a supremacia da AD Vagos assentou fundamentalmente numa boa defesa, expressa no maior número de roubos de bola (11-6) naturalmente com reflexos óbvios nos turnovers cometidos pelo adversário (10-20). Nos restantes indicadores houve equilíbrio, nomeadamente nas percentagens dos duplos (54%-56%) e dos triplos (28%-21%), com as anfitriãs a converterem 5 lançamentos do perímetro (em 18 tentados), mais um que as campeãs nacionais (4 em 19 tentativas).
Resultado final (jogo 1): AD Vagos 73-58 Olivais
O jogo 2 realiza-se hoje à tarde (17h30), no mesmo recinto (Pavilhão Municipal de Vagos).