Timisoara (Roménia) - Afinal surgiu um terceiro cenário, que colocou Portugal na discussão do 11º/12º lugares, com Israel.
Depois da derrota frente à Alemanha (57-46), no primeiro jogo da tarde, que matou o nosso sonho, Suiça e Bósnia e Herzegovina esgrimiram forças em busca da melhor classificação possível. Caso ocorresse a vitória helvética, as nossas representantes iriam disputar a 13ª/14ª posições. No caso de acontecer o triunfo bósnio, então ficariam 3 equipas empatadas, com duas vitórias e duas derrotas. O desempate seria por cesto average e a fava acabou por sair à Suiça que perdeu o encontro (47-50 a favor da Bósnia). Na contabilidade do deve e haver, Portugal acabou por ficar na frente (7 pontos positivos), seguido da Suiça (+3) e da Bósnia (-10).
Na partida ante a formação germânica, houve muito equilíbrio durante toda a 1ª parte (27-25 para a Alemanha), com os parciais de 15-14 e 12-11 respectivamente no 1º e 2º períodos, numa toada de parada e resposta e com várias alternâncias no comando do marcador. A maior vantagem até esse momento (5 pontos) pertencera às alemãs, na única situação em que a diferença superou os 3 pontos, quando as portuguesas a ganhar por 19-22 (minuto 16), consentiram um parcial de 8-0, curiosamente da autoria da nº 7, Judith Schmidt, que saltou do banco para marcar 8 pontos consecutivos (2 lances livres e 3 cestos de campo), com uma eficácia de 100% e em 3 minutos apenas, disparando o resultado para 27-22, a 52 segundos do intervalo.
De permeio, no minuto 18 (23-22), Kostourkova tinha parado o cronómetro sem resultados práticos. Antes do descanso Filipa Bernardeco reduzia para 27-25, com um triplo no canto direito.
No reatamento as coisas continuaram equilibradas até aos 33-33 (minuto 27), mas gradualmente o maior poder físico germânico começou a fazer mossa, carregando no ressalto ofensivo e a diferença fixava-se em 6 pontos (41-35), no final do 3º quarto (14-10). Dois triplos, o primeiro de Laura Hebecker (36-33), ainda no minuto 27 e o segundo por Julia Kohlmann (41-35), este a 15 segundos da buzina, foram decisivos na arrancada germânica.
Logo no minuto inicial (31) do último quarto, Kholmann acertou o seu 2º triplo, dando a sensação de que a mão quente ainda não tivera tempo de arrefecer, nos 2 minutos de pausa entre o 3º e o 4º períodos. Era a maior vantagem da Alemanha (44-35) em todo o encontro. Mas o seleccionado luso não baixou os braços e um triplo de Luzia Lampreia (46-40), no minuto 32, fazia renascer a esperança, que se mantinha quando Vitória Pacheco reduzia para 48-44, dois minutos volvidos.
Nos derradeiros 5 minutos Portugal não conseguiu lutar de igual para igual frente à torres alemãs, com Sonja Greinacher, principalmente a fazer valer a sua envergadura e peso nas tabelas, indicador onde na etapa complementar a Alemanha virou os números a seu favor, terminando com 38 ressaltos contra 30, quando ao intervalo eram as portuguesas que dominavam (12-16 ressaltos). A selecção germânica triplicou o número de ressaltos ofensivos na 2ª metade, acabando com 16 (4+12), enquanto ao invés as lusas viram a sua capacidade ressaltadora ofensiva diminuir (9+6). Deste modo, um parcial de 9-2 nos últimos 5 minutos, acabou por dar à Alemanha uma vitória justa.
Destaque nas vencedoras para a MVP da partida (28,5 de valorização), a poste Sonja Greinacher, que fez mais um duplo-duplo (16 pontos, 6/8 nos duplos, 10 ressaltos sendo metade ofensivos, duas assistências, 2 roubos e 3 faltas provocadas, com 4/5 nos lances livres), bem acompanhada pela tal suplente Judith Schmidt (8 pontos, 3/3 nos duplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, 2 roubos e uma falta provocada, com 2/2 nos lances livres) e ainda Christina Schnorr (7 pontos, 5 ressaltos sendo 3 ofensivos, 1 roubo e 3 faltas provocadas). Positivo foi também o contributo de Laura Hebecker (11 pontos, 1 triplo e 6 ressaltos, sendo 3 ofensivos) e da atiradora Julia Kohlmann (8 pontos e 2/3 nos triplos).
No seleccionado luso, a mais valiosa foi a poste Vitória Pacheco (8 pontos, 8 ressaltos sendo metade ofensivos, uma assistência, 1 roubo e 4 faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres), seguida de Filipa Bernardeco (5 pontos, 1 triplo, 7 ressaltos sendo 3 ofensivos, 4 assistências e 1 roubo), Maria João Andrade (14 pontos, 7/11 nos duplos, 5 ressaltos sendo 3 ofensivos, uma assistência e duas faltas provocadas) e Jéssica Almeida (4 pontos, 1 ressalto ofensivo, duas assistências, 1 roubo, 1 desarme de lançamento e uma falta provocada).
Em termos globais, a selecção germânica ganhou a luta das tabelas (38-30 ressaltos), foi mais eficaz no tiro exterior (38%-13%), roubou mais bolas (9-6) e provocou mais faltas, indo para a linha de lance livre 10 vezes, convertendo 8 (80%) enquanto as portuguesas apenas dispuseram de 4 lances livres, tendo falhado metade (50%).
Portugal superiorizou-se nos lançamentos de 2 pontos (44%-46%), foi mais colectivo (8-13 assistências) e conseguiu mais desarmes de lançamento (1-5), enquanto no tocante aos erros cometidos houve equilíbrio (20 turnovers para cada equipa).
Resultados do Grupo G (última jornada):
Alemanha 57-46 Portugal
Suiça 47-50 Bósnia e Herzegovina
Calendário para amanhã (último dia da competição):
Poule do 9º ao 18º lugares
17º/18º Luxemburgo-Escócia (10H00)
15º/16º Bósnia e Herzegovina-Bulgária (12H00)
13º/14º Suiça-Estónia (14H00)
11º/12º Portugal-Israel (16H00)
9º/10º Alemanha-Montenegro (18H00)
Entretanto registou-se a grande surpresa das meias-finais, com a derrota da Grécia frente à Holanda (57-60), enquanto a Roménia ganhou à Bielorússia (62-60).
Os dois finalistas (Roménia e Holanda) subiram à Divisão A. A final está marcada para as 18H30, no Olimpia Gym.