Começa na Letónia a segunda fase da Eurochallenge, onde os encarnados tentam manter presentes as recordações das velhas glórias na Europa. Eis os adversários benfiquistas no Grupo K.
O Ventspils não é pêra doce. Líder do campeonato letão, com 12 vitórias e apenas 1 derrota, esta equipa está também no topo da Liga Báltica, com 9 vitórias e 4 derrotas. Os letões terminaram em primeiro lugar do seu grupo na fase regular da Eurochallenge e não espantará ninguém a sua candidatura à conquista de uma taça europeia. O único norte-americano do plantel é a grande figura do Ventspils. Rashad Anderson é um lançador com um título da NCAA no currículo (Connecticut em 2004), passagens pela D League, por Itália e pela Grécia. O Eurochallenge é a competição onde o seu jogo sobressai, apresentando uma média de 18.7 pontos nos seis jogos disputados. No jogo interior destaca-se o lituano Saulius Kuzminskas, com 28 anos e 2.10m. Este gigante venceu a Uleb Cup com o Lietuvos Rytas em 2005 e ganha 8.2 ressaltos por jogo. A contratação de inverno do Ventspils é Diddy Efejuku, jogador de origem nigeriana, com 24 anos e 1.96m. Chega para ser o base da equipa, depois de ter começado a época no Cyz Nymburk e ter passado também pelos ucranianos do Ferro.
Os franceses do Gravelines Dunkerque estão a fazer uma excelente época na Liga doméstica (9 vitórias e 5 derrotas) e conseguiram garantir a qualificação para a segunda fase da Eurochallenge no último jogo. O base Ben Woodside lidera o jogo desta equipa, com 14.8 pontos e 5.3 assistências. O experiente dominicano Jeff Greer, acompanha-o no jogo exterior, servindo os internacionais franceses Cyril Akpomedah e Issa Dounia, para além do jovem gigante marfinês Frejus Zerbo. Esta equipa conjuga experiência e juventude, apresentando-se como um adversário difícil, apesar do basquetebol francês não contar entre os mais agressivos da Europa.
A surpresa deste grupo são os suecos do Norrkoping Dolphins. Com uma carreira banal na Liga Sueca (12 vitórias e 6 derrotas) e pouca expressão na Liga Báltica (6 vitórias e 7 derrotas), os golfinhos venceram um grupo dificílimo na primeira fase e têm a confiança em alta para esta segunda fase. Com um conjunto de jogadores muito experiente, o destaque vai todo para o poste Joakim Kjellbom, com 2.13m. O jogador apresenta médias de 16.9 pontos e 9.1 ressaltos, sendo muito rápido para a altura que apresenta. Mikael Lindqvist é o base da equipa, que pode tornar-se numa arma letal, em noites de inspiração. Na casa dos trinta, a equipa sueca apresenta um trio de norte-americanos (George Gervin, Andrew Mitchell e Fred Drains), para além do lituano Povilas Sakinis. A equipa reforçou-se com mais um extremo/poste, Hanke Randall, com 2.11m, e passagens por Espanha e pela Rep. Checa.
A equipa portuguesa não vai ter tarefa fácil, ainda que os resultados atingidos na primeira fase justifiquem, por completo, a inscrição do Benfica na competição. Espera-se que na próxima temporada mais equipas possam seguir o exemplo do clube da Luz, já que a FIBA abre a possibilidade para que todas as equipas europeias se possam inscrever na pré-eliminatória da competição.