Actualmente os pais acompanham cada vez mais de perto a educação dos filhos, envolvendo-se activamente em todas as suas actividades.

Para além da natural e importante presença nos jogos, os pais acompanham o dia-a-dia do seu filho no clube, interessando-se pelo seu desenvolvimento técnico, físico e social. O Beira-Mar surge neste contexto como um excelente exemplo da forma como é feita a interação entre pais, treinadores e jogadores. É importante desde o primeiro dia em que o filho entra no clube clarificar as funções de cada um, bem como os respectivos direitos e deveres. O treinador pode e deve dar feedback ao pai do desenvolvimento do seu filho, destacando os aspectos positivos da actividade da criança, mas também chamando a atenção para as acções menos positivas. Creio que esta interação, quando bem feita, pode transmitir aos pais preciosas informações quanto ao processo de desenvolvimento das crianças. Por outro lado, temos a consciência que esta presença constante dos pais pode criar uma maior pressão psicológica nos atletas. O treino começa e acaba no apito do treinador, e por aí deve ficar. É natural que um atleta vá para casa motivado ou menos satisfeito consoante a sua prestação nos treinos e nos jogos, e os pais podem e devem ter um efeito pedagógico no controlo destas emoções. Mas é também importante terem a noção de "espaço" do seu filho, dando-lhes margem para gerir o seu sucesso e insucesso. Tentamos no Beira-Mar também fazer um pouco desta "educação" nos pais, permitindo ao atleta o crescimento do seu sentimento de autoconfiança.

Por fim, no que se refere à comissão de pais, de destacar o seu empenho e motivação no apoio à actividade do clube. A presença dos pais pode e deve ser aproveitada, e no caso do Beira-Mar trata-se de um precioso auxílio na dinamização de uma série de iniciativas, sem a qual seria muito difícil colocá-las no terreno. Destaco em particular todo o apoio logísitico que nos é concedido nos torneio organizados pelo Beira-Mar.