O Libolo voltou a ser mais forte do que uma equipa portuguesa, desta vez o Benfica (109-107).
Foi no prolongamento que os angolanos fizeram a diferença, na melhor exibição encarnada na Supertaça Compal. A equipa da Luz, sem aspirações à vitória, deixava Sérgio Ramos de fora, junto com o lesionado Ben Reed. Do lado do Libolo, Olímpio Cipriano teve um pequeno percalço logo ao primeiro minuto, mas voltaria à partida pouco tempo depois. A equipa encarnada tinha algo a provar nesta competição, e mostrava isso mesmo desde o início da partida. Assim liderou durante quase todo o primeiro período, terminando com um ponto de vantagem (25-24) perante um Libolo bem mais lento de processos do que no dia de ontem.
O início da segunda parte confirmava uma partida cada vez mais dividida, com Reggie Moore a voltar a sobressair e a ajudar a sua equipa a equilibrar os acontecimentos. Olímpio Cipriano também tentava puxar a sua equipa, embora o Benfica, com Diogo Carreira e António Tavares a dirigir o jogo, continuasse na frente. Momento de viragem quando Cipriano bateu Eki Viana e penetrou para lançar do outro lado do cesto. Puro espectáculo e Libolo na frente com cinco minutos para jogar. Tavares nem deu tempo aos angolanos para saborearem a vantagem. Milton Barros falhou na linha, e o português respondeu com um triplo. Embora o Libolo continuasse muito próximo da liderança, o Benfica esteve melhor no fecho da primeira parte e acabou por ir para o intervalo com 47-42 no marcador.
O Benfica entrou em grande na segunda parte, com mais um triplo de Tavares. A solidez do seu jogo fazia a primeira aparição no Campo Pequeno, depois de duas exibições aquém das reais possibilidades encarnadas. Era na linha dos 6.75m que o Benfica fazia a diferença, tendo mais do dobro dos lançamentos triplos dos angolanos (55% de eficácia em 11 tentativas). Os encarnados chegavam ao fim do terceiro período com o jogo na mão (76-68).
A equipa angolana redobrou os seus esforços no início do último período e aproximou-se do Benfica, num lance onde Olímpio Cipriano conquistou um 2+1. Pouco depois, Abdel Boukar conseguia o mesmo feito e o jogo ficava empatado com quatro minutos para jogar. Cipriano voltou a estar em destaque, concretizando uma recuperação de bola que permitiu que o Libolo passasse para a frente. Depois, através de Reggie Moore, o Libolo conseguiu mesmo chegar aos cinco pontos de vantagem, numa reviravolta de todo inesperada, muito devido ao excesso de faltas do Benfica e também a alguma desconcentração na abordagem do ataque. Foi mais uma vez Tavares quem, da linha do triplo, aproximou o Benfica, mas o Libolo não desperdiçava o seu ataque. Os encarnados conseguiram empatar a 100 e com doze segundos para jogar, os angolanos acabaram por não aproveitar a posse de bola e o jogo seguia para prolongamento.
O Libolo entrou mais forte no prolongamento e conseguiu uma vantagem de seis pontos, que o Benfica conseguiu estancar, recuperando o empate para o minuto final. Os encarnados marcaram um lance livre e viram o Libolo gastar os seus 24 segundos sem lançar, o mesmo que acabariam por fazer na sua posse de bola. Com os angolanos a beneficiarem, de novo, da última posse de bola, Olímpio Cipriano chamou a si a responsabilidade e, com um triplo, deu a vitória ao Libolo.
O MVP foi, de novo, Reggie Moore (41 pontos, 6 ressaltos), com Olímpio Cipriano(30 pontos, 5 assistências) e Milton Barros (16 pontos) em muito bom plano. Entre os encarnados, Heshimu Evans (25 pontos, 6 ressaltos) e António Tavares (22 pontos) foram os melhores.
Grande espectáculo no Campo Pequeno, onde todos tiveram oportunidade de viver mais um grande espectáculo de basquetebol. O Libolo ficava assim com esperanças de ainda vencer a Supertaça Compal, dependendo do que se passasse no jogo entre 1º de Agosto e FC Porto.