Mora em Viana do Castelo, no seio duma família dedicada ao basquetebol uma “Senhora Treinadora de Minibásquete”.

Deu e continua a dar à modalidade, quer a nível distrital, quer a nível nacional. A qualidade das suas equipas de minibásquete e o cuidado e empenho, como organiza os eventos em que se envolve, são sobejamente conhecidos no universo do mini.

Conheci a Ana Freixo em 2002 e intuitivamente logo percebi que estava perante uma professora com grande sensibilidade para o minibásquete. Numa época em que, ainda não era fácil encontrar locais e apoios para a realização dos jamborees, sem saber muito bem no que se ia meter, quis levar um jamboree para Viana. Em boa hora fomos para Viana onde nasceu uma amizade, que se tem cimentado através dos anos. Agora que a ED de Viana organizou a 1ª Jornada do Circuito Ticha Penicheiro desta consideramos muito oportuno falar com Ana Freixo.

Qual é a tua opinião sobre a importância e qualidade do Circuito Ticha Penicheiro para o minibásquete feminino e o que te leva a querer organizar a jornada que decorre no distrito de Viana do Castelo?
O Circuito Ticha Penicheiro é um encontro de minibásquete no feminino com grande importância no desenvolvimento desta modalidade, precisamente pela sua qualidade. Todos os clubes anfitriões têm tido a preocupação de saber receber. A ED Viana organiza uma das etapas por que sabe que a diversão e o agradável convívio estão garantidos para as suas minis que nunca se esquecerão deste evento.

Permanecendo no domínio da tua capacidade organizativa, para além das jornadas do Torneio Ticha Penicheiro, dos diversos torneios da Edévia, também já chamaste a ti a organização de um Jamboree e de um Memorial Mário Lemos. O que te levou a quereres organizar estes eventos e  qual foi o impacto que estes tiveram na dinâmica do minibásquete na ED Viana e na cidade?
O que me leva a organizar estes eventos é a paixão pelo basquetebol e sobretudo o respeito que tenho pelas crianças. Acredito na educação pelo desporto. Por isso tento dar o melhor. Quando conheci o San Payo, num Clinic da Escola Nacional de Basquetebol em Ílhavo, e me falou da dinâmica do CNMB, fiquei fascinada e quis conhecer melhor o mundo do minibásquete em Portugal e divulga-lo na minha cidade. Todas as miniatletas querem ir ao Jamboree, o que é excelente para a divulgação do minibásquete.

A ED Viana é o exemplo de uma boa prática, no entanto ao fim de tantos anos ligada ao ensino e treino do basquetebol quais são em tua opinião as maiores dificuldades para por o minibásquete a funcionar num clube?
A maior dificuldade é a captação. Depois de chegarem raramente desistem.

A ED Viana é um dos clubes que em mais eventos participa em todo o país, como tens visto a evolução da modalidade na tua cidade e a nível nacional?
A modalidade tem evoluído bastante bem quer em quantidade, temos cerca de 150 atletas. Como em qualidade, tendo todos os escalões do feminino e do masculino a disputar as respectivas fases nacionais (Torneio nacional de Sub 14 – Fem/masc, Campeonato nacional de sub 16 Masc; Taça nacional de  sub 16 Fem;  Taça nacional de sub 18 Masc e sub 19 Fem). A nível nacional tenho visto uma clara evolução do minibásquete que muito contribui para o desenvolvimento da desta modalidade.

O que é que poderá ser feito para que haja mais desenvolvimento e evolução do minibásquete em Portugal? 
Continuar com a dinâmica que o CNMB tem apresentado e todos os torneios que os clubes organizam.

Agora gostaríamos que falasses um pouco de ti e da tua família. Como nasceu em ti e na tua família o gosto pelo basquetebol?
Foi sempre a minha modalidade preferida. Joguei no desporto escolar, nos anos setenta. Como professora, formei um grupo/equipa no desporto escolar. Depois fui treinar os minis na ED Viana, o meu filho tinha na altura 10 anos. A partir daí toda a família se foi envolveu.

Sabemos que costumas ser uma leitora assídua do Planeta Basket, o que te leva a visitar este site?
Gosto de ler os artigos do San Payo, sobre MB. Consultar exercícios e ler opiniões de outros treinadores.

Acabamos como sempre que pergunta é que gostavas que te fizessem e que resposta darias?
O Desporto Escolar é importante para o desenvolvimento do desporto no país?  Sem dúvida. No meu trabalho não consigo dissociar. A sensibilização terá que ser feita na escola. A experiência diz-me que é o caminho a percorrer.