A visita do Basket Queluz a Moscavide reuniu duas equipas que perderam esta época as respectivas referências de jogo interior.

 Mas enquanto os da casa se apresentam sem alternativa para essa falta, os visitantes asseguraram um conjunto de reforços que elevam a altura média do conjunto ao mesmo tempo que asseguram mais velocidade e novas soluções. Não admira portanto que o Basket Queluz tenha entrado no encontro disposto a quebrar a série de vitórias consecutivas do Moscavide no seu pavilhão, que já dura desde a 1ª jornada da época passada. E esteve mesmo à beira de o conseguir. A defesa de Queluz conseguiu condicionar os lançamentos triplos, que constituem habitualmente a principal arma ofensiva do Moscavide. Sem os pontos do tiro exterior e com falta de centímetros, sobrou à equipa da casa o carácter para se bater intensamente na luta dos ressaltos, e a experiência para encontrar soluções alternativas de lançamento.

Apesar do 1º cesto ter pertencido aos visitados, foram os visitantes que dominaram o quarto inicial  (12-15). O Moscavide reagiu no 2º período, e com dois roubos de bola terminados em contra-ataque passou para a frente, mas o Basket Queluz retomou o controlo, usou a mobilidade dos seus jogadores para provocar faltas, e chegou ao final da 1ª parte na frente (27-31). Evidência do equilíbrio que se manteve durante toda a 2ª parte foi o facto de a diferença nunca ter passado dos 4 pontos que se registavam ao intervalo. No final do 3º período o Moscavide estava na frente por 1 ponto (50-49) e a decisão sobre o vencedor só se clarificou já com o cronómetro a zero. A 22 segundos do fim e com o resultado empatado, o Basket Queluz dispôs da sua última posse de bola mas não conseguiu concretizar, e deixou ainda tempo para o Moscavide tentar um lançamento de longa distância com falta. Os 3 lances livres concedidos à equipa da casa com o tempo já esgotado permitiram-lhe evitar o prolongamento, garantindo a vitória (70-68).

Num jogo tão equilibrado, a estatística reflecte a incerteza que se manteve até ao final. A ligeira vantagem do Basket Queluz nos ressaltos permitiu-lhe dispor de mais uma posse de bola que o seu adversário, mas o menor número de turnover’s (13-18) do Moscavide garantiu-lhe mais situações de lançamento (75-71). Nas percentagens a grande diferença esteve nos triplos, com muito razoáveis 33% dos visitantes e apenas 13% dos da casa. Nos duplos esteve melhor o Moscavide, com 49% vs. 40%, enquanto nos lances livres houve equilíbrio (67% vs. 66%).

Moscavide e Basket Queluz mantiveram-se concentrados do princípio ao fim, evidenciando ambos verdadeira capacidade competitiva, mas esta foi a regra e não a excepção numa 3ª jornada que confirmou que a Zona Sul do CNB1 está mais forte. Voltou a verificar-se uma única vitória fora, conseguida pelo Benfica no Tramagal (52-61), mas em que a equipa da casa comandou o marcador durante bastante tempo. O Imortal voltou a ganhar (68-59), desta vez em casa ao Seixal, enquanto o Montijo bateu o Micaelense (66-61). Com diferenças superiores ou iguais a 10 pontos terminaram o Atlético-Estoril (80-66) e o Academia-Ginásio Olhanense (74-64), embora as histórias tenham sido diferentes. Na Tapadinha a equipa de Alcântara manteve-se sempre à frente, sem permitir aproximação por parte do Estoril, ao passo que no Lumiar a Academia, depois de um excelente jogo frente ao Atlético na jornada anterior, demorou a resolver o encontro com o Ginásio Olhanense e só no último período conseguiu distanciar-se.

No próximo fim de semana o campeonato tem uma interrupção, disputando-se a 4ª jornada a 5 e 6 de Novembro
 
5 de Novembro
Ginásio Olhanense- Atlético às 17:00h no Ginásio C. Olhanense
Seixal-Academia às 17:00h na Sede Seixal
Estoril-Montijo às 18:30h no Pav Manique-Salesianos
Basket Queluz-Imortal às 21:00h no Pav. Henrique Miranda
Micaelense-Tramagal às 21:00h na EBI Canto da Maia

6 de Novembro
Benfica-Moscavide às 14:30h no Pav. Império Bonança