O acidente que lhe tirou a vida a 7 de Junho de 1993, roubou ao basquetebol um dos melhores jogadores de sempre. Dražen faria hoje 48 anos.
Conhecido pela sua extraordinária capacidade de trabalho, Dražen Petrović era sempre o primeiro a chegar aos treinos e o último a abandonar o pavilhão. Dizia-se que fazia 500 lançamentos por dia, mesmo quando a sua equipa tinha treinos bidiários. Paixão ou obsessão pelo jogo, o que é certo é que a sua atitude competitiva e extraordinária capacidade de trabalho, o transformou num ícone do basquetebol europeu e mundial. E se o que fez na sua curta carreira foi enorme, até onde poderia ter chegado, é algo que a morte aos 28 anos de idade deixou para sempre em aberto.
Ao longo da sua carreira, Dražen Petrović representou apenas cinco clubes, Sibenka e Cibona (Jugoslávia), Real Madrid (Espanha), Portland Trail Blazers e New Jersey Nets (NBA). Obteve duas medalhas olímpicas (bronze em 84 e prata em 88), duas em europeus (bronze em 87 e ouro em 89) e duas em mundiais (bronze em 86 e ouro em 90) pela Jugoslávia e uma medalha de prata em 1992 pela Croácia. Nos feitos individuais mais extraordinários contam-se uma média de 37,7 pontos por jogo nas suas quatro épocas no Cibona, com um máximo de 112 pontos num só jogo (LC 40/60, L3 10/20, LL 22/22). Depois do domínio a nível interno, Dražen Petrović adiou a ida para os EUA, apesar de ter sido escolhido por Portland em 1986 e manteve-se mais um ano na Europa, no Real Madrid. Em Madrid conquistou o título europeu numa final memorável diante do Snaidero Caserta, na qual apontou 62 pontos, num duelo fantástico diante de outro gigante do basquetebol mundial, Oscar Schmidt. Em 1989 foi finalmente para a NBA para os Blazers. No entanto, a insatisfação pela escassez de utilização levou-o a forçar a saída de Portland e em 1991, Petrović foi para os Nets, onde em apenas duas épocas explodiu e mostrou o seu jogo na grande montra do basquetebol mundial. Nas suas duas temporadas completas em New Jersey, Dražen obteve médias de pontos marcados acima de 20 pontos por jogo com percentagens de lançamento de campo superiores a 50%, algo de extraordinário para um base.
Na opinião de Reggie Miller, Dražen Petrović foi o melhor lançador de sempre. E se Miller o diz, quem sou eu para o contrariar. Petrović foi um exemplo de competitividade, concentração, empenho e amor à modalidade. A sua partida precoce empobreceu o basquetebol, mas o seu legado permanecerá para sempre na memória daqueles que o reconhecem como um dos melhores de sempre.