Questão de comunicação
 
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Questão de comunicação

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San PayoA convite do Gonçalo Silva, coordenador do minibásquete do Maia Basket, estive pela primeira vez no torneio organizado pelo clube. O que pude observar foi um excelente evento, que já vai na sua 12ª edição.

A vitalidade de um clube e a qualidade do seu trabalho também se medem pelos eventos que realiza, nomeadamente quando estes se conseguem manter durante os tempos e não são ocasionais ou esporádicos.

A minha presença no evento foi aproveitada pelo Diogo Branco, jovem treinador do escalão de minibásquete para me colocar uma série de dúvidas e questões muito pertinentes. Entre as várias perguntas que me fez, uma que me chamou a atenção foi a sua curiosidade sobre as formas de comunicação que devemos ter com os minis.

A propósito desse tema informei-o de algumas das minhas ideias sobre o assunto e contei-lhe uma situação vivida por mim que aproveito para partilhar com mais interessados.

Um dos grandes problemas e uma das principais dificuldades do ensino escolar é o facto de este não ser em muitos casos minimamente atraente, o que leva muitos alunos a não quererem e não gostarem de estudar. Contudo há professores que conseguem motivar os seus alunos, o que torna a aprendizagem mais fácil e aliciante. A capacidade de motivar os alunos tornando a aprendizagem mais fácil, passa, por entre outros factores, pela capacidade de comunicação de quem ensina. De uma maneira geral, uma das grandes vantagens das actividades desportivas é o facto de os praticantes, ao contrário dos alunos, irem voluntariamente para os treinos, quererem aprender, quererem melhorar, o que revela que a capacidade de querer aprender e melhorar está dentro das crianças, mas nem sempre é devidamente estimulada.

Apesar desta vantagem no processo da aprendizagem desportiva, o factor da comunicação continua a ser muito importante.

Através de um exemplo muito simples ilustrarei como a mesma actividade pode ser extremamente aliciante, ou ser rejeitada pelas crianças. É só uma questão de comunicação. Vamos supor que eu quero observar os praticantes e anotar informação, através de um exercício extremamente simples, de passe de peito à parede. Se eu chegar ao treino com um ar muito sério e disser, hoje vocês vão ter paciência, mas eu vou ter que vos fazer um teste, a reacção das crianças seguramente será negativa, pois esta forma de comunicação tem o peso de uma avaliação e os seres humanos, normalmente, tem alguma rejeição em serem avaliados. Contudo, se eu chegar ao treino e me voltar para as crianças e disser com um sorriso na cara, hoje o treino vai começar de uma forma espectacular vamos fazer um concurso, tenho certamente, não apenas, a adesão e mais importante ainda a atenção das crianças. Em ambos os casos vão fazer rigorosamente a mesma actividade, só que numa situação aderem e na outra vou ter mais trabalho em explicar e levar à prática a actividade pretendida. Longe de mim querer ofender, quem quer que seja, mas a sabedoria popular diz isto de uma forma muito prosaica: “Todo o burro come palha é preciso é saber-lha dar.”

 

 


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