Os San Antonio Spurs estão a uma vitória de se sagrar campeões da NBA. Uma vitória por 114 - 104 no jogo cinco permitiu aos texanos voltar a liderar a final (3 – 2),
colocando-se numa posição privilegiada para alcançar o título (estatisticamente a equipa que vence o jogo cinco após um empate a duas vitórias vence o campeonato 70% das vezes).
Apesar das dificuldades que Manu Ginobili tinha tido nos primeiros quatro jogos da final, somando médias de 7,5 pontos e três assistências, Gregg Popovich decidiu colocar o argentino no cinco inicial, relegando Tiago Splitter para o banco. A estratégia era fazer dos Spurs uma equipa mais agressiva ofensivamente, procurando as transições rápidas para causar danos à forte defesa dos Heat.
Ginobili, que não tinha iniciado qualquer partida esta época até então, respondeu de forma magnífica. Com 24 pontos e 10 assistências o base de 35 anos liderou a equipa texana mostrando a competitividade e qualidade que lhe permitiram ajudar os Spurs a conquistar três dos quatro títulos do clube.
O argentino encabeçou um cinco inicial em que todos os jogadores marcaram mais de 15 pontos, com destaque para Tony Parker (26pts. e 5ass.) e Danny Green (24pts. e 6ress.).
Nos Heat foram os do costume a tentar remar contra a maré, mas Lebron James (25pts. 8ass. e 6ress.) e Dwayne Wade (25pts. e 10ass.) foram incapazes de contrariar o esforço conjunto dos Spurs.
O jogo começou num ritmo alucinante. Ambas as equipas lançavam sempre que surgia uma pequena aberta e isso refletiu-se no marcador (15 – 13 nos primeiros cinco minutos de jogo). Manu Ginobili deu razão a Gregg Popovich ao colocá-lo de início e nos cinco primeiros ataques marcou quatro pontos e fez três assistências mantendo os Spurs na liderança desde o 1.º minuto.
Com um início de jogo a fazer lembrar o jogo três, que os Spurs venceram por 36 pontos, os Heat mostrava-se incapazes de parar os ataques rápidos dos da casa, que atacavam o cesto independentemente se sofriam ou não pontos, e tinham muitas dificuldades em converter os seus lançamentos, só marcaram sete das suas primeiras 26 tentativas. Não foi de estranhar que os texanos conseguissem uma vantagem de 17 pontos a meio do 2.º período (47 – 30).
Contudo, os Heat responderam com um parcial de 0 – 12 e conseguiram reduzir a desvantagem, indo para o descanso a perder por nove (61 – 52), diferença que deixava tudo em aberto para a 2.ª parte.
Danny Green recordista
Com dois minutos jogados após o descanso Danny Green marcou o seu 23.º triplo na Final da NBA. Este lançamento, que colocou a liderança dos Spurs em seis pontos após um parcial de 0 – 8 favorável aos Heat, permitiu que o extremo ultrapassasse o recorde de Ray Allen (22), que assistiu a este feito sentado no banco do conjunto de Miami.
Foi a mão quente de Green que voltou a afastar os Heat quando apenas um ponto separava as duas equipas (75 – 74). Esse lançamento iniciou um parcial de 12 – 1, liderado pelos sete pontos de Ginobili, que permitiu aos Spurs entrar no último período com uma vantagem de 12 pontos (87 – 75).
E se os Spurs terminaram o 3.º período em grande, começaram ainda melhor o 4.º. Com sete pontos sem resposta os da casa elevaram a vantagem para 19 pontos e colocaram um ponto final na discussão da partida quando ainda faltavam dez minutos para jogar.
A Final da NBA vai ter o seu desfecho em Miami quer termine já no jogo seis ou se estenda até à negra. Na madrugada de terça para quarta feira (2H00) os Heat vão ter a oportunidade de voltar a igualar a eliminatória, se não o conseguirem os Spurs sagram-se campeões da NBA pela 5.ª vez na sua história.
Resultado do 5.º jogo da Final da NBA:
- San Antonio Spurs 114 – 104 Miami Heat (3 – 2)