O primeiro passo
 
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O primeiro passo

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Mário BatistaFruto da sua grande dedicação e disponibilidade para a causa do minibásquete Mário Batista é hoje em dia um nome sobejamente conhecido, não apenas no universo do minibásquete,

mas do basquetebol em geral. Em vésperas de ano eleitoral, julgamos de todo interesse ouvir pela voz do Presidente do CNMB o que foram estes três anos da sua direcção e como a próxima época.


Como caracterizas estes três anos de presidência do minibásquete?
Na minha opinião considero, que a grande mais-valia destes últimos três anos, foi a de existir uma equipa coesa com objectivos comuns dentro do CNMB e sentir que dentro da FPB passou a haver uma maior compreensão da importância do minibásquete. Com a definição clara do orçamento para o minibásquete, passou a ser mais evidente que o minibásquete não é uma despesa mas um investimento a múltiplos níveis no universo do basquetebol. Cada euro investido no minibásquete tem repercussões tão vastas que se torna difícil medir o seu impacto e retorno, mas é seguramente enorme. Assim penso que que estes três anos foram positivos, reconhecendo que ainda há muito trabalho pela frente para fazer….

Nestes três anos quais são os pontos altos que mais gostarias de mencionar?
Gostaria de realçar, em primeiro lugar, o termos conseguido levar a cabo um projecto resultante do Fórum do Minibásquete realizado em Paços de Ferreira: a Festa do Minibasquete. Já vamos na sua 3ª edição e que de ano para ano tem vindo a melhorar, quer na parte logística quer na componente técnica. Os Jamborees, continuam a ser um polo de dinamização de praticantes, treinadores e dirigentes, sendo todos diferentes mas todos eles inesquecíveis para quem neles participa. Jamborees continuam a ser uma experiência que marca. Este ano gostaria de destacar o de São Miguel nos Açores e o de Soutocico em Leiria onde homenageámos esse grande entusiasta do minibásquete: Mário Brites. Por diferentes razões o de São Miguel pelo grupo fantástico de monitores e na minha opinião o grupo mais coeso dos Jamborees em que estive presente e o de Soutocico, Leiria pelo grupo extraordinário de pessoas voluntárias do clube que foram incansáveis para que nada falhasse.

O torneio Ticha Penicheiro ao qual o CNMB tem apoiado nestes  dois últimos anos ,reconhecendo a sua importância no crescimento do basket feminino ,memorial Mário Lemos para o escalão de sub-10 ,e por ultimo a grande intervenção do CNMB junto da Capital Europeia da Juventude (Braga CEJ 2012) em que conseguimos ter 3 eventos dentro da Agenda da CEJ 2012 , 1º Final Nacional do CompalAir , Torneio Europeu de Minibasquete que contou com a presença de 16 equipas de minibasquete 13 nacionais, 2 espanholas e uma equipa do Sporting Clube Benguela(Angola) e por fim a Reunião da Fiba Europa “Get-Together “ em que esteve inserido um clinic de minibasquete  em que pela primeira vez foi aberto a treinadores.

Na tua opinião existe alguma relação entre a melhoria dos resultados das selecções nacionais nos escalões de formação, nomeadamente no sector feminino e o trabalho a montante realizado no minibásquete?
 Sem duvida que o trabalho a montante, realizado no minibasquete pelo país fora, trás melhorias na qualidade do basquetebol nacional, primeiro nos clubes e depois fruto disso nas nossas selecções, com maior destaque no sector feminino. Exemplo do que acabo de dizer é a selecção nacional de Sub-16 em que todas as participantes se iniciaram no mini e cinco delas passaram por jamborees. Foi para mim um prazer presenciar este ultimo campeonato europeu realizado em Portugal, no qual tive a honra de fazer parte  da  organização  e puder ver em campo tantas caras que já conhecia do tempo em que praticavam minibásquete e passaram por jamborees como e espero não estar a esquecer nenhuma a Carolina Bernardeco, a Constância Neto, a Beatriz Jordão, a Chelsea Guimarães. Deste modo  não posso deixar de felicitar o trabalho de todos os treinadores de minibasquete destas atletas, muitos deles desconhecidos do público,  pois foram eles que lhes incutiram o gosto pela modalidade e ensinaram os primeiros passos. Não nos podemos esquecer que a mais longa caminhada começa sempre por um primeiro passo.

Quais são os projectos e objectivos desta última época até às eleições e como perspectivas o futuro?
Apesar de estarmos no último ano deste mandato não queremos apenas dar continuidade ao trabalho desenvolvido realizando os jamborees, a Festa do Minibásquete e o Memorial Mário Lemos. Este ano vamos retomar a entrega de bolas do projecto das Escolas Portuguesas de Minibasquete e dar continuidade às muitas acções de formação que temos realizado todos os anos.

No entanto o meu projecto mais ambicioso é o de  realizar um Jamboree Europeu , que gostaria de  realizar no  próximo ano, aproveitando a comemoração dos 50 anos de minibasquete em Portugal. Nesse sentido abordei durante o Europeu o comissário da FIBA  Europa, Pavel Burda, que me deu bastante abertura para este assunto, que irá ser abordado na próxima reunião do Get-Togheter em Praga na República Checa.

Com três anos de liderança do minibásquete e no quadro actual que medidas poderiam ser tomadas para o crescimento e desenvolvimento do minibásquete.
Embora as nossas condições de trabalho, em período de dificuldades, tenham melhorado, sem investimento dificilmente haverá desenvolvimento. Contudo não me quero focar nos problemas, mas nas soluções e um grande passo seria conseguir um patrocinador direccionado para este sector que tem mais de 40% dos praticantes da modalidade e que visse a força da dinâmica do minibásquete e nos apoiasse numa primeira fase apenas em material tabelas, bolas, t´shirts etc. Com estes apoios estou seguro que o CNMB poderia avançar para mais projectos e potenciar a sua já enorme capacidade de mobilização, incentivando ainda mais pessoas e clubes a desenvolverem mais actividades, mas o que eu penso e digo de consciência tranquila é que fomos fazendo o que esteve ao nosso alcance.

Que importância tem o minibásquete no basquetebol, não para a captação de novos praticantes pois isso é uma evidência, mas para a captação de dirigentes nomeadamente para os clubes?
O minibasquete, para a modalidade tem uma enorme importância, eu diria que neste momento é uma grande ajuda na sustentabilidade financeira dos clubes, não só pelas cotas que os atletas pagam, mas também pelos próprios pais que vão contribuindo com angariações de patrocinadores (alguns deles patrocinando através das suas empresas) e claro muitos deles vão assumindo cargos de dirigentes e seccionistas isto é um facto que eu tenho presenciado pelo país inteiro. Seria interessante fazer um levantamento de quantos dirigentes nos clubes são, ou chegaram à modalidade, por serem pais de jovens praticantes de minibásquete.

Agora uma pergunta mais pessoal o que te trouxe ao minibásquete e que sonhos tens para a modalidade?
O que me trouxe à modalidade, foi o meu filho, que embora gostasse de basquete desde muito pequeno só o praticava na escola através do desporto escolar. Mais tarde é que descobrimos que havia basquetebol no S.C.Braga, isto foi á seis anos atrás, após umas semanas do meu filho ter iniciado os treinos, a direcção, sabendo que eu estava ligado á parte desportiva, não ao basquetebol, mas outras actividades desportivas como o hóquei em patins, grupo amigos de BTT para jovens , convidaram-me para treinar minibasquete. Para mim foi um enorme desafio pois os meus conhecimentos de basquetebol eram muito elementares, mas como na minha opinião o que é preciso  para  ser treinador de crianças é vontade de aprender, disponibilidade, e entre outras coisas e a mais importante, gostar de ensinar crianças resolvi aceitar o repto que me foi lançado.

Quanto aos meus sonhos para a modalidade são aumentarmos a base de praticantes no minibásquete, pois não tenho dúvidas que isso levará a longo prazo à melhoria do resultados das nossas selecções.

O que pensas do Planeta Basket?
O Planeta Basket é um site de enorme importância para a divulgação de nossa modalidade por estes anos todos de dedicação á modalidade o meu muito obrigado ao Planeta Basket.

Finalmente que pergunta gostarias que te fizessem e que resposta darias?
A pergunta que eu gostava que me fizessem: O que o move neste desafio que é ser Presidente do CNMB? E a resposta seria ver cada vez mais e mais crianças felizes a praticarem minibásquete.

 

Comentários 

 
+3 #3 Ricardo Nascimento 17-09-2013 13:34
Parabens Mario..O Basquetebol agradece toda a dedidação e empenho
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+5 #2 João Noivo 11-09-2013 13:01
Parabéns Mário pelo trabalho desenvolvido no CNMB. O minibasquete é a base dos projetos sustentáveis.
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+6 #1 Gonçalo Silva 10-09-2013 14:52
Parabéns pelo trabalho que o CNMB tem vindo a desenvolver nos últimos anos.
Ainda há um longo caminho a percorrer, é verdade, mas a evolução tem sido notória.
Boa época para todos!
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