Inês Viana vai participar no seu último Campeonato da Europa nos escalões jovens. Por duas vezes foi escolhida para o cinco ideal desses torneios, em sub16 na em Skopje e em sub-18 em Strumica, ambas na Macedonia.
Este ano, a Inês e as suas colegas vão viajar para a Bulgária com o objetivo de conseguirem subir ao escalão máximo deste escalão pela segunda vez na história do basquetebol nacional. Vamos ouvir o que pensa sobre este e muitos outros assuntos a guerreira atleta da Quinta dos Lombos, Inês Viana.
Inês , obrigado por teres aceite o nosso convite. Antes de mais, como correu a época 2013/14 no clube, tanto do ponto de vista colectivo como individual?
Não podia esperar melhor, conquistámos o Campeonato Nacional da Liga Feminina, estivemos presente em quase todos os momentos altos da competição acabando com a conquista de mais 2 títulos para além da Liga. Para terminar com a "cereja no topo do bolo", garantimos o acesso às competições europeias na próxima época. Foi um enorme privilégio poder trabalhar e partilhar esta paixão com jogadoras como a Mery Andrade que nos fazem acreditar que com vontade nada é impossível.
Como está a decorrer a preparação da SN para o campeonato da europa na Bulgária?
Apesar dos compromissos escolares terem afectado o normal percurso do estágio, podemos dizer que estamos bastante satisfeitas com o trabalho desenvolvido. Trabalhámos forte e no limite para estarmos preparadas para o campeonato da Europa.
Quais são na tua opinião as equipas favoritas a subir à Divisão A?
Todas as equipas presentes neste campeonato têm um grande valor e, claramente, um dos objectivos será a presença no pódio. Naturalmente, há algumas selecções que se destacam e se assumem como favoritas. A Lituânia, equipa que desceu da divisão A o ano passado e, teoricamente, são muito fortes tanto a nível colectivo como individual. É uma equipa que não está habituada a jogar na divisão B portanto fará de tudo para voltar a estar presente na A; A Alemanha tem uma geração de grande potencial e é conhecida como uma equipa dura e muito difícil de se bater; A Hungria é uma equipa já bem conhecida por todas nós. Têm jogadoras de alto nível e estão habituadas a discutir os lugares do pódio. É importante realçar que equipas como a Bulgária, em que grande parte das jogadoras estiveram presentes no ano anterior, podem causar estragos e, certamente, querem discutir os lugares de topo.
Quais são, na tua opinião, os pontes fortes desta nossa selecção?
Este ano, ao contrário do ano transato, podemos contar com mais centímetros no jogo interior o que, evidentemente, nos oferece mais soluções na luta das tabelas. Também temos óptimas soluções exteriores, o que nos permite uma consistente ligação no jogo exterior- interior. Somos uma equipa unida, guerreira e trabalhadora, que em cada momento do jogo procura demonstrar a alma lusitana.
Existem pontos fracos? De que forma vão tentar ultrapassá-los?
Todas as equipas têm os seus pontos fracos, porém nós trabalhamos todos os dias com o intuito de colmatar essas fraquezas. No entanto, se estiver que realçar algum ponto fraco desta equipa foi o pouco tempo de preparação que dispusemos para nos inteirar das ideias de jogo propostas pelos treinadores.
Já integraste o cinco ideal de campeonatos europeus em duas ocasiões. Tencionas tornar-te na primeira jogadora portuguesa a receber esta distinção por três vezes?
Tal como as minhas colegas e equipa técnica o nosso objectivo principal é garantir o acesso à divisão A. Obviamente que qualquer prémio individual que possa surgir em consequência de um grande trabalho colectivo será recebido com uma enorme honra.
Por fim, o que podem esperar os leitores do Planeta Basket da selecção nacional e da Inês Viana no Europeu de Sófia?
Da selecção nacional podem esperar o máximo empenho por parte de toda a equipa para dignificar esta camisola. Pessoalmente, irei dar o meu melhor lutando até ao último segundo de cada jogo para atingir os tão desejados objectivos.