Estão encontrados os primeiros semi-finalistas do campeonato do Mundo. EUA e Lituânia venceram os seus jogos dos quartos e seguem para as meias-finais.
Esperava-se mais equilíbrio nos jogos de hoje, no entanto a passagem de norte-americanos e lituanos às meias-finais não constitui surpresa.
Os EUA, que têm revelado alguma inconsistência ao longo da prova, fizeram um dos seus melhores jogos em Espanha. Concentrados desde o primeiro minuto, os comandados de Mike Krzyzewski pressionaram e asfixiaram os eslovenos, colocando muita pressão sobre a bola que levou o conjunto europeu a cometer 25 turnovers.
A Eslovénia manteve-se no jogo até ao intervalo, mas após o regresso dos balneários, o elevado ritmo a que a partida foi disputada acabou por pesar e muito sobre a mais curta equipa da Eslovénia, cuja menor profundidade de plantel foi por demais evidente. Do banco dos EUA vieram 60 pontos, 20 deles apontados por Klay Thompson, o mais sóbrio e eficaz em campo. O extremo dos Golden State Warriors foi um dos seis norte-americanos a marcar na casa das dezenas, a par de Faried (14 pts e 10 res), Harden (14 pts), Davis (13 pts e 11 res), Irving e Rose (ambos com 12 pts). Pelos eslovenos e apesar de longe da eficácia de jogos anteriores, os irmãos Goran Dragic (13 pts, 4 res e 4 ass) e Zoran Dragic (11 pts e 5 res) e o extremo Domen Lorbek (12 pts e 5 res) foram os mais inconformados.
O primeiro jogo dos quartos-de-final foi bem diferente com Lituanos e Turcos a disputarem um encontro muito mais táctico e equilibrado. A vitória assenta bem à Lituânia, sobretudo pela sua maior capacidade defensiva que foi mais competente a condicionar o ataque turco, limitando-o a baixas percentagens de lançamento. Foi na eficácia de lançamento e em particular nos lançamentos de longa distância que se decidiu o encontro, com os excelentes 53% (10/19) obtidos pela Lituânia a revelarem-se decisivos. Seibutis (19 pts; L3: 3/3), Pocius (13 pts; L3: 3/5) e Darius Lavrinovic (11 pts; L3: 3/4) estiveram letais nos triplos, enquanto o poste Valanciunas (12 pts e 13 res) fez o seu trabalho nas áreas próximas do cesto, apesar da intensa oposição de Asik (11 pts e 10 res) e Gonlum (13 pts e 9 res).
EUA e Lituânia voltam a entrar em campo na próxima quinta-feira em Barcelona, no jogo que irá decidir o primeiro finalista da competição. O favoritismo pende novamente para o lado dos norte-americanos, mas espera-se uma resposta mais capaz da Lituânia, face ao que a Eslovénia fez, sobretudo porque os lituanos dispõem de mais armas no jogo interior para condicionar a maior potência física dos norte-americanos. Caso consigam abrandar o ritmo do jogo e controlar a luta das tabelas, os lituanos poderão ter uma palavra a dizer, no entanto qualquer cenário que não coloque os EUA na final será uma completa surpresa.