Esposende vai ser no próximo mês palco de mais um jamboree. Muitas são as referências que já fiz nos meus artigos a jogadores, que passaram pelos jamborees e que hoje pontificam nas selecções nacionais masculinas e femininas desde os seniores aos Sub-16.
Contudo hoje não vou falar dos jogadores, mas vou falar sobre os treinadores que passaram, como monitores nos jamborees, e que muitos deles treinam hoje, com sucesso, outros escalões.
Não foi o título de campeão nacional conseguido pela equipa de Sub-16 do Benfica, treinado pelo Nuno Rodrigues, o meu amigo “Grosas” monitor de diversos jamborees, que me levou a escrever este artigo, pois nesse caso teria de falar de outros treinadores, que já foram campeões nacionais, e que passaram por jamborees como monitores. Que me lembre, sem recurso a apontamentos, teria de falar da Inês Peres e do Fernando Brás e peço desculpa se me estou a esquecer de alguém.
O que me levou a falar dos monitores dos jamborees, e que agora são treinadores de sucesso foi o comentário no facebook do Telmo Botelho feito num post do Nuno Rodrigues e passo a citar: “Vou-te confessar uma coisa. Não ando no basquetebol há tanto tempo como tu, mas quando comecei, como treinador de minibasket, disseram-me um dia "tens de ver aquele gajo do Benfica com os miúdos..." A verdade é que a curiosidade invadiu-me e lá tentei descobrir quem era... e não deixou enganar. Para além das qualidades enquanto técnico, tens uma capacidade incrível de cativar estes jovens.”
Felizmente posso testemunhar o que o Telmo refere. A sensibilidade do Nuno para os minis é muito acima da média e quem passou, entre outros, pelo jamboree de Trancoso, de certeza que se lembra da paciência do Nuno para o “Maniche”. Quem esteve em Trancoso e pôde observar os milagres que o Nuno conseguiu com esse jovem, sabe do que estou a falar. Estas histórias são o intangível dos jamborees.
Por conhecer muitos dos intervenientes vou relacionar três histórias de sucesso do penúltimo fim-de-semana. Já não é a primeira vez que que menciono, que atrás dos sucessos de uma equipa dos escalões mais novos está normalmente um bom trabalho realizado a montante no minibásquete. Muitos são os exemplos que poderia mencionar. Hoje vou-me referir a três casos bem recentes: O Benfica e o reconhecimento que o Nuno Rodrigues fez publicamente do trabalho efectuado no minibásquete no clube pelo Pedro Rojão. O Carnide, clube de quem sou adepto, parabéns ao Hélder Serranho, mas penso ser de inteira justiça referir o trabalho realizado a montante pelo Telmo Botelho e finalmente o Beira-Mar, e como escrevi a 28 de Maio de 2013 no artigo “Saber esperar” o sucesso desta equipa, que então eram Sub-14, iniciou-se com o Rui Pedro Nazário e uma comissão de pais em 2008/2009. Estes são mais três exemplos que merecem a nossa reflexão.
Finalmente no seu comentário Telmo Botelho toca na essência do minibásquete, quando refere a capacidade incrível do Nuno Rodrigues para cativar jovens. Na nossa realidade, no minibásquete o que é verdadeiramente decisivo para a modalidade é cativar e captar jovens e se o soubermos fazer, mais cedo ou mais tarde os resultados irão aparecer.
Comentários
Isto é uma grande maldade,falar do míni, dos vários jamborees que passamos juntos, da história do Maniche faz-me ter saudades de muita gente da grande equipa que fomos e das amizades que ficam!
O meu amigo Grosas é campeão há muito tempo, assim como todos nós que passamos por tantas maratonas, uns já tiveram o privilégio de levantar taças, mas certamente que muitos outros nos seguiram!
Qualquer dia San Payo temos de fazer um jamboree aqui com a malta para nos revermos é estarmos juntos!
Beijos a todos!
Agradeço as tuas palavras, mais do que eu são as crianças que tu cativaste que te agradecem. Como costumo dizer ninguém passa pela vida de outro sem deixar uma marca e o que é importante é que essa marca seja positiva, como é a marca que deixas em muitas crianças.
Um abraço
Um abraço
O mini para mim foi a genese de tudo, é onde a felicidade se revela de forma tão pura e contangiante que é impossível não darmos o nosso melhor.
Quem me conhece sabe bem o que significou o titulo e como o desejava conquistar para agradecer aos meus jogadores o quanto eles acreditam em mim.
As palavras do Telmo foram e são a recompensa que sempre desejei ter, ser reconhecido pelo que dou e prometo continuarei a dar. Estou-te grato por num longinco 2004 (salvo erro) me teres convidado para fazer parte da família Jamboree. Fui, sou e serei um priveligiado por poder chamar-te de amigo e poder recolher em ti conselhos sempre que preciso.
Bem Haja amigo e que grande surpresa!