A cidade de Leiria, na sua História desportiva, não tem tradição no Basquetebol. Quando comparamos Leiria a Ovar, Aveiro, Lisboa, Coimbra ou Porto, não encontramos história que possa acompanhar o historial das cidades que destacámos.

Todavia, há momentos na história do Basquetebol em Leiria que importa realçar, havendo imperiosamente necessidade de percorrermos alguns Km para daí enriquecermos o que à modalidade Leiria, enquanto distrito, deu.

Noutro artigo já se abordou algo a esse respeito, destacando momentos altos como a campanha do Sporting Clube Marinhense na 1ª Divisão dos anos 60 do século passado, os títulos femininos para os lados de Pombal e Louriçal e os dois títulos da 1º Divisão, na era Núcleo Sportinguista de Leiria e Leiria Basket.  Mas desta vez o destaque vai para o Parque da cidade, onde em tempos longínquos acolheu pontos altos da competição nacional. No antigo Parque da Cidade de Leiria, realizou-se a Final da Taça de Portugal da época 1960-1961. Nessa final a Académica de Coimbra treinada pelo Prof. Alberto Martins (corrijam-me se estou enganado) e onde se destacava Mário Mexia, media forças com o poderoso S.L Benfica, treinado na altura pelo Prof. Teotónio Lima e onde se destacavam Manuel Campos, Joaquim Carlos e José Alberto. Em céu aberto, Leiria era ponto central. Ainda sem pavilhões, joga-se ao ar livre numa época diferente da que vivemos hoje.

Passadas décadas o Parque da Cidade mantém-se, conhecido pelo Parque do Avião, pela avioneta que ali se encontra sediada. Passadas décadas e requalificações do Polis, deixámos de poder ver a pequena tribuna do recinto onde se jogou a dita final da Taça de Portugal e passámos a ter dois polidesportivos, nem sempre apetrechados para a prática desportiva. Sendo a Baliza dominante em tudo o que é polidesportivo, era importante voltar a haver tabelas de basquetebol. Pois apesar de Leiria não ter muita história, muitos são os que gostam de praticar basquetebol e procuram o “ringue” para “bater umas bolas e jogar uma peladinha”. Depois de muita persistência e manifestação de todos os que eram e são amigos deste espaço, voltaram as tabelas e até já há “marcações modernas”. À semelhança de outros espaços onde muitos se deslocavam para jogar (destaque-se o Choupal em Coimbra), agora é possível, na sombra das tardes quentes junto ao Rio Lis, jogar Basquetebol.

No passado sábado dia 20 de Junho, muitos jogaram, aumentando assim o número de Amigos do Ringue e Amigos do Basquetebol. Se por cada um amigo do ringue outro se juntar quem sabe se não estará este espaço a contribuir para enriquecer a história do Basquetebol na cidade de Leiria. Irei manter a esperança de que isso aconteça. Não fosse eu também, um Amigo do Ringue.