Quando ganhamos, ganham os jogadores; quando perdemos, perdem os treinadores. Os êxitos e os fracassos medem-se pelos resultados, ainda que ganhar nem sempre signifique trabalhar bem. As variáveis que caracterizam esta modalidade têm situações incontroláveis
e não é a mesma coisa treinar uma equipa profissional ou amadora, minis, formação ou seniores.
Ainda que alcançáveis, estabelecemos sempre objectivos mais ambiciosos que os jogadores; a experiência diz-nos que quando se pede mais do que aquilo que se espera, evita-se o relaxamento e o conformismo.
A concorrência é enorme e muitas vezes podemos ter a tentação de nos tornarmos autoritários ou arrogantes mas, não se iludam, tais comportamentos indiciam inferioridade.
Competir é saudável, mantem-nos alerta e ajuda a nossa valorização.
O nosso compromisso com a modalidade é tão intenso (apesar de mal remunerado) que muitas vezes nos esquecemos que há mais vida para além do basquetebol.
A nossa paixão pela modalidade leva-nos algumas vezes a situações de conflito com a própria família; porque treinas tanto, não vale a pena, pagam-te mal (quando te pagam), nunca te vejo, nem vamos de férias, são questões que os nossos entes mais próximos nos colocam.
Nos clubes, os treinadores também enfrentam alguns problemas; nem sempre as prioridades dos dirigentes estão em sintonia com a vontade dos treinadores.
O treinador é um homem só; para além da luta que trava para concretizar as suas ideias e alcançar os objectivos propostos estará sempre sujeito aos comentários de quem se julga com direito a comentar tudo o que não sabe.
Como ultrapassar contrariedades?
A solução está em nós próprios; analisar calmamente a situação e procurar outras alternativas.
Voltar ao principio, tornar as coisas mais simples e pensar que tudo é superável. Escutar os jogadores e falar com colegas treinadores pode ajudar-te a esclarecer todas as tuas dúvidas e resolver os teus problemas.
E, finalmente, nunca desistas dos teus sonhos.
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