Agora que como disse no meu artigo, o compromisso principal, “já arrumei as botas” faz cada vez mais sentido afirmar, que o melhor que o basquetebol me deu foram as amizades.
Enquanto treinador dos escalões de formação sempre disse aos jovens que treinei, e não estou a falar de minibásquete, que jogar basquetebol era algo que ia acontecer durante um período limitado das suas vidas. Muito poucos iriam jogar para além dos 30 anos, mas havia uma coisa que poderia durar para todas as suas vidas, as amizades que eram feitas na sua adolescência e juventude no seio das equipas em que estavam integrados.
Quanto mais novos eram os praticantes, mais dificuldade eles tinham de uma maneira geral em compreender esta mensagem, que lhes era transmitida, mas à medida que iam envelhecendo, melhor iam percebendo o que eu lhes queria dizer. O que não me faltam são ex-jogadores que passados alguns anos me vieram dizer que agora sim compreendiam a mensagem que eu lhes tinha transmitido.
Vem estas palavras a propósito do apelo que fiz pelo triste motivo do falecimento do amigo Vicente Costa. Todos que contactei logo se prontificaram a escrever um artigo sobre o amigo Vicente Costa. Assim em breve publicaremos durante uma semana depoimentos de muitos dos seus amigos que acederam ao meu pedido, pelo que terei de agradecer a familiares do Vicente Costa e aos seus amigos de longa data Manuel Campos, Carlos Alberto Gonçalves, Eliseu Beja e Manuel Fernandes. Esta iniciativa é apenas um pequeno tributo a um grande senhor, símbolo entre outras virtudes, do que é a verdadeira amizade.