O início de cada ano é habitualmente o momento de desejarmos votos de êxitos e sucessos. Mas o que é o sucesso no minibásquete?

Para responder a esta pergunta resolvi recorrer, não ao que eu penso, mas às respostas dadas por três amigos, que dedicam muito do seu tempo ao ensino do jogo de minibásquete. Para tal, fui ouvir de novo o episódio de natal do Podcast Serminibásquete do Luís Abreu.

Foi um prazer poder participar nesse Podcast com a Teresa Barata, o Nuno Rodrigues e o Raul Antunes. Eis então o resumo das suas respostas.

Teresa Barata

Para a Teresa o parâmetro de avaliação é ver o número de jogadores, que tinha no início e o número de jogadores, que tem no fim. Ver se os que começaram terminaram e se conseguiu agregar mais gente ao grupo. "Eu acho que nestes escalões no minibásquete e Sub-14 acho, que o aumento de número de jogadores é um parâmetro de sucesso". Depois é fundamental avaliar se sabem ou não sabem estar no treino, se aprenderam a estar num treino, se sabem treinar. Na sua intervenção, a Teresa dá exemplos muito simples, mas de grande utilidade e significado, do que é aprender a estar num treino.

Raul Antunes

Para o Raul o número de jogadores é uma questão chave e questiona: "Quantos vieram experimentar e quantos continuaram o sucesso avalia-se no último treino, ou mesmo no início da época seguinte." Realça também as questões no saber treinar a importância de envolver os pais nos compromissos, "quando o treino está marcado para às 10 da manhã, não é para chegar às 10.20". Depois para além das questões técnicas, das tomadas de decisão também se devem introduzir na avaliação do sucesso, com base em testes simples, alguns padrões de competências motoras que devem ser avaliados no início e no fim da época. Segundo o Raul Antunes,  “indicativos do marcador dizem muito pouco da qualidade do trabalho realizado”.

Nuno Rodrigues

Já o Nuno Rodrigues depois de concordar com a Teresa e o Raul, que os principais parâmetros da avaliação de sucesso são o grau de crescimento e fidelização, gosta de criar nos clubes em que trabalha um dia para avaliação de todos os escalões no intuito de ser um espaço de identificação dos atletas com mais potencial e em simultâneo uma primeira predição de jovens que tenham capacidades de chegar a patamares mais elevados.

Todos concordam que o principal no minibásquete, o essencial, é o crescimento de praticantes e a aprendizagem de saber estar num treino. Curiosamente ou não dado a sua experiência nenhum mencionou os resultados numéricos do jogo.

Em resumo, se tivermos a capacidade de atrair jovens, de fidelizá-los e ensinar a estar em treino, independentemente das opções metodológicas, tudo se torna mais fácil e o sucesso está seguramente mais garantido.