Eu não consigo
 
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Eu não consigo

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Eu não consigoA convite do amigo José Tavares intervim, uma vez mais, com o companheiro Rui Alves, numa ação de formação promovida pela ABL na última segunda-feira dia 13 de janeiro que decorreu no Clube Nacional de Natação.

Durante a minha intervenção afirmei, que nunca deixava, os jogadores dizerem: “Eu não consigo”. No final da palestra compreendi que esta minha afirmação tinha suscitado a curiosidade de pelo menos 3 companheiros que me individualmente me vieram perguntar, como é que eu reagia, quando um jovem ou criança me dizia eu não consigo.

A forma de abordagem e discurso nessas situações depende de criança, para criança, de jovem para jovem, porque cada criança, cada jovem é uma alma. Contudo, se na forma a minha ação pode diferir, no conteúdo, a maior parte das vezes, há um fio condutor em comum. A todos eu digo, de formas diferenciadas, que não lhes admito que digam eu não consigo, porque isso é porem-me, em causa. Em jeito de graça, aos Mini-12, costumo dizer: “Eu não te peço para fazeres um 360 no ar seguido de um afundanço de costas, pois isso eu sei que tu não vais ser capaz, mas tudo o que eu te peço com a minha longa experiência, eu sei que tu vais ser capaz. Não consegues, à primeira, consegues à segunda, não consegues à segunda, consegues à terceira, etc, etc,  vai haver um momento em que vais conseguir, e nesse momento que vou ver um sorriso imenso no teu rosto. Vamos os dois à procura desse sorriso.”

Por outras palavras, eu tento incutir confiança no jovem repartindo a responsabilidade do sucesso, pelo seu esforço para alcançar o ser capaz de fazer e pela minha capacidade de ensinar, que eu não admito que seja posta em causa. Com este meu envolvimento na sua capacidade de realizar a tarefa, pelo compromisso de ambos, normalmente consigo obter sucesso. Outra maneira mais subtil é encontrar estratégias em que sem eles inicialmente se aperceberem, estão a fazer o que eles dizem que não são capazes de fazer. As situações mais difíceis, quando as conseguimos resolver, são as que nos dão mais gozo, pois tudo na vida cabe no difícil e se nós encontramos a solução para o difícil tudo se torna mais fácil.

Na minha longa experiência as situações que foram mais difíceis foram aquelas que mais me ficaram na memória e lembro-me logo de duas. Uma sucedida em Celorico de Basto em 2000, ou talvez 2001, numa equipa treinada pela amiga Sofia Coelho e outra em Albufeira, penso que no primeiro ano em que as Festas do Basquetebol passaram para esta cidade. Nesta segunda situação, ainda hoje sou amigo da jovem, que queria recusar a fazer o que eu lhe pedia.

 

 


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