Um autêntico jogador todo-o-terreno, nos seus tempos de formação no Clube dos Galitos de Aveiro transformou-se num base de bom nível sénior, a quem apenas faltava o mediatismo da competição com as equipas de topo nacional.
Pode-se dizer que és um símbolo do basket de Aveiro, já que já defendeste as cores do Galitos, Aveiro Basket, Esgueira e Iliabum. Que recordações trazes de cada um destes clubes?
O meu primeiro clube foi o Galitos, onde joguei cerca de dez anos, dos quais só tenho boas recordações. Ganhei vários títulos (distritais e nacionais), o que também me permitiu ter a oportunidade de ir à Selecção durante vários anos. Foi o clube que mais me marcou, tendo sido aquele que me levou a ser aquilo que sou hoje. Já do Aveiro Basket o mesmo não posso dizer: dos quatro anos que lá passei, no primeiro ano e meio não joguei devido não só à quantidade de soluções que o plantel tinha mas também por opção do treinador. Nessa altura surgiram os problemas financeiros, vários jogadores abandonaram a equipa e aí comecei a ganhar evidência. No último ano, quando tudo indicava que eu fosse uma aposta certa, voltei a ficar em segundo plano nas opções do novo treinador. Depois estive dois anos em Esgueira, em que fui vice-campeão nacional da Proliga no primeiro ano e fui à meia-final no segundo, podendo por isso dizer que foram dois anos muito agradáveis, tanto a nível profissional como pessoal. No Illiabum é agora a minha segunda época. Desportivamente, no ano passado ficámos muito aquém do esperado, mas foi uma boa experiência que estou a repetir, esperando porém alcançar melhores resultados do que no ano passado.
Já competes há várias épocas na Proliga. O que pensas deste modelo de jornadas cruzadas com a LPB?
Julgas que é benéfico para a modalidade e para os jogadores Portugueses?Acho que não veio na melhor altura, visto que tanto na Liga como na Proliga as diferenças entre as equipas de topo e as equipas mais pequenas são grandes, o que permite a algumas equipas da Proliga ganharem às da Liga, mas permite também que haja jogos totalmente desequilibrados, o que não ajuda na motivação dos jogadores que pertencem a esses clubes mais pequenos. A única vantagem é proporcionar aos jogadores da Proliga uma maior visibilidade, e a todos uma maior rodagem de jogo.
Quais são, para ti, os principais candidatos a subir à LPB e porquê?
Penso que serão o Illiabum e o Sampaense os principais candidatos à subida, dado que têm “mais” plantel, no entanto o Queluz poderá ter uma palavra a dizer.
O que pode fazer este Illiabum na parte final da época e nos Play-offs? Quais são os vossos objectivos?
Os nossos objectivos são manter o primeiro lugar, onde estamos, até aos Play-Off, e atingir a final. Chegados à final, claro que queremos vencer e temos qualidade para isso.
Ao longo da tua carreira, qual foi o momento que mais te marcou? Porquê?
São vários os momentos importantes que guardo, por isso não é fácil escolher o melhor, mas destaco os títulos que conquistei até hoje.
Que objectivos tens para o teu futuro, tanto no basquetebol como fora dele?
Considero-me uma pessoa ambiciosa e, como tal, tenho como objectivo progredir na carreira e jogar num campeonato mais competitivo, seja em Portugal seja no estrangeiro. Pessoalmente, estou a tirar o curso de Fisioterapia e quero seguir essa área.
Qual foi o adversário mais difícil que tiveste de defrontar? E porquê?
Tal como respondi anteriormente, são muitas as opções de resposta, portanto é difícil eleger um adversário forte no meio de tantos que já tive que enfrentar.
E em relação os teus colegas de equipa. Qual foi o jogador que mais gostaste de ter a teu lado?
O jogador português com quem mais gostei de jogar foi o Jomané, com quem conseguia ter um grande entendimento em campo. De entre os vários americanos de grande qualidade com quem joguei, destaco o Herman Alston pelo virtuosismo e boa disposição que ele emprestava ao jogo.
Quais são os teus ídolos e porquê?
Os meus ídolos são o Michael Jordan e o Carlos Lisboa, uma vez que sempre segui e admirei a carreira de ambos e, na respectiva proporção, foram os melhores jogadores de sempre.
O que tem mais valor para ti. Marcar dois pontos ou fazer uma assistência? Porquê?
Como alguém disse, marcar dois pontos faz uma pessoa feliz, fazer uma assistência faz duas. É difícil escolher, pois os dois pontos podem decidir um campeonato. Cabe ao jogador dentro do campo decidir, em cada momento, o que é melhor para a equipa. Pessoalmente prefiro acabar um jogo com 10 pontos e 10 assistências do que com 20 pontos mas nenhuma assistência.
Costumas visitar o Planeta Basket? O que mais gostas no site?
Sinceramente só há pouco tempo tomei conhecimento do site, mas desde aí que o tenho seguido atentamente. Acho que está muito bem estruturado e que aborda de tudo um pouco dentro do mundo do basquetebol.
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