Como vai a nossa formação?
 
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Como vai a nossa formação?

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altHá muita gente que fala e escreve sobre a formação, dando-lhe o sentido de iniciação e preparação dos jogadores jovens.

Há uns tempos atrás, li com atenção as declarações de Mário Silva, na altura treinador do Estrelas e feitas em 1999, que se mostrava preocupado com essa formação no basquetebol nacional.

Afirmava a propósito que tinha pena de não haver bons treinadores nos escalões de formação. Afirmava que havia bastantes jovens que queriam aprender,mas - acrescentava, perguntando - quem os sabe ensinar? Por este andar qualquer dia ninguém quer jogar basquetebol e mal ensinados, pior! Perante este tipo de situação e com a invasaão dos estrangeiros e comunitários, qual será o futuro da modalidade em Portugal?

Há, no entanto, outra vertente da formação sobre a qual escrevia o pedagogo espanhol, José Maria Cacigal, também publicado em 1999, "O drama actual do desporto é que os estudos sérios que sobre ele se fazem não são conhecidos, já para não falar da massa dos adeptos, mas também pela maioria dos formadores, nem sequer pelos dirigentes desportivos nem políticos responsáveis. Aqui, a ignorância não se fica pelas grandes massas, mas invade a esfera dos altos responsáveis. Há alguns países onde os altos cargos dirigentes do desporto são ocupados, na sua maioria, por gente sem formação em matéria desportiva ou em educação física. É o terreno, por excelência, para teorias desfasadas, sem qualquer ligação com a ciência abundante e séria que já se produz em diversas partes do mundo sobre esta matéria".

A preocupação de Mário Silva e a denúncia de Cacigal são, em boa verdade, totalmente pertinentes em tudo o que se refere ao basquetebol nacional.

O que nos faz pensar é que em 2009, dez anos depois, se possa ler uma opinião de Vasconcelos Raposo, publicada no jornal A Bola, a propósito da formação dos treinadores.

Afirma o autor que "A preparação dos atletas até chegarem à fase do alto rendimento passa por um conjunto de fases com conteúdos de treino bem definidos. Para cada uma das fases exige-se aos treinadores conhecimentos que devem  estar de acordo com os requisitos do treino, da competição, das idades e das especifidades dos praticantes. Nesta fase já não chega o treinador possuir capacidades para assumir esta profissão. Tem de ser competente. A competência ganha-se associando à experiência, prática, muito estudo, muita reflexão sobre o  que foi realizado ao longo das épocas. Quem não evoluir no saber e no domínio dos detalhes da sua modalidade conduzirá, impreterivelmente, atletas e equipas a uma estagnação seguida de acentuado retrocesso, e daí ao fracasso fica vai uma distência muito curta. Esta permanente formação deve ser feita para lá dos cursos. É preciso encontrar prelectores capazes de formar estes treinadores. Se ninguém se preocupa em apoiar os treinadores na melhoria dos seus saberes como se pode pedir mais e melhores resultados?". Há que mudar muita coisa nas formas de treinar e dirigir o Desporto Nacional! A mudança exige formação insiste Vasconcelos Raposo, que continua no seu artigo "formar para transformar" publicado naquele jornal em 2003.

"Se não se comtemplar a formação como podem mudar aqueles que são eles próprios os responsáveis pelo estado do nosso desporto? A formação é uma das tarefas nacionais de maior urgência. É urgente formar treinadores para que assumam de forma clara a sua função de educadores e que entendam que treinam pessoas e não modalidadeds. É urgente formar dirigentes para que entendam o fenómeno desportivo no seu todo e entendam, igualmente, que pelo facto de serem eleitos, por determinados períodos de tempo, não significa que se acelerem as coisas. Há muitas funções de grande nobreza e de grande contributo para o crescimento das equipas e dos clubes que não passam, necessariamente,  só e apenas, pelos resultados. Para transformar  muitas coisas do nosso desporto é preciso avançar para uma formação muito mais eficaz".

Não podíamos estar mais de acordo com o que transcrevemos das opiniões destes autores.

 

 


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